Queda na eficiência
Crise na Petrobras e nos Transportes é o preço pago por falta de investimentos e má gestão, alertam tucanos
Falta de investimentos, loteamento político e péssima administração culminaram em perdas na Petrobras e no Ministério dos Transportes. Com produção estagnada há três anos, a maior empresa do Brasil precisou recorrer a um plano de emergência para se recuperar da queda na eficiência. Nos Transportes, nem a “faxina” promovida pelo governo colocou as contas no lugar. Para os deputados Otavio Leite (RJ) e Vanderlei Macris (SP), a crise instalada nos dois setores afeta a economia do país.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, desde 2003 a Petrobras fracassa em atingir metas de extração de petróleo e gás. Só na Bacia de Campos, a principal do país, o nível de eficiência caiu de 90% da capacidade para 70% em três anos. Para Otavio Leite, é inacreditável o que o PT vem fazendo com a empresa nos últimos anos. “O lamentável é identificar essa decadência de gestão na Petrobras. Ela está cada vez mais asfixiada e sem capacidade de investir, ao ponto de suas ações caírem 10%. É vergonhoso. Não pode prosseguir com esse tipo de gestão”, afirmou. O tucano acredita ser necessário salvar a empresa porque a crise é péssima para o país.
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A presidente da empresa, Graça Foster, tenta corrigir erros políticos do ex-presidente Lula para recuperar a confiança de investidores e acionistas. O petista prometeu construir um complexo petroquímico e três refinarias, que exigiriam investimentos milionários. Duas obras nunca saíram do papel e as outras duas tiveram o orçamento inicial quadruplicado. Com tantos problemas, a Petrobras é a mais desvalorizada do mundo na área de petróleo.
Em relação ao transporte, Macris acredita que a incapacidade de gestão de Lula e Dilma paralisou o setor. O parlamentar destaca que o governo não investe em estradas, ferrovias, portos e aeroportos porque não há projeto ou planejamento.
O ministério lidera a queda de investimentos com recursos do orçamento em 2012, um reflexo de que os problemas deixados por gestões anteriores não foram superados. De janeiro a maio deste ano, foram pagos R$ 2,9 bilhões por investimentos concluídos, segundo o jornal. No mesmo período de 2011, foram R$ 4,7 bilhões. O presidente da Valec, José Eduardo Saboia, tenta corrigir uma “trapalhada” feita na administração anterior. Mesmo sabendo que o Brasil não fabrica trilhos para ferrovias, a direção anterior fez uma licitação só com empresas nacionais. O prejuízo pode chegar a R$ 210 milhões.
Macris argumenta que o governo provoca o desemprego e prejudica o consumidor com a falta de aplicações. “Quando você tem uma estrutura rodoviária malfeita, incompleta, você necessariamente encarece os produtos que vão chegar à mesa do consumidor”, afirmou. De acordo com o deputado, esses entraves vão sacrificar cada vez mais a população por falta de preparo técnico dos gerentes.
(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Elyvio Blower)
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