Transparência e equilíbrio
Para Domingos Sávio, Brasil vive democracia de aparência
O Brasil vive uma democracia de aparência, na avaliação do deputado Domingos Sávio (MG). Para o tucano, o governo impede a liberdade no Congresso Nacional ao usar sua maioria. O parlamentar também alertou para os ataques petistas contra a imprensa. “Podemos criticar o deputado, o vereador, a presidente da República. O cidadão acaba tendo uma certa sensação de democracia quando verbaliza, expressa o seu sentimento de indignação. Isso é importante, mas não é tudo”, afirmou nessa quinta-feira (21), da tribuna.
“A democracia requer alguns outros pressupostos como transparência na gestão pública e equilíbrio entre aqueles que têm o dever de representar o povo”, completou. “O que vivemos hoje no Brasil pode ser considerado uma democracia? A forma com que esta Casa atua representa de fato o sentimento do povo?”, indagou.
baixe aquiO parlamentar ressaltou que o Executivo usa a sua maioria como um “trator”. Dessa forma, “as coisas são colocadas em pauta e aprovadas do jeito que o governo quer”. “O que eu estou assistindo é uma grande fraude, é a população ser enganada com discursos bonitos, mas na prática é uma maioria que não fica satisfeita em ser 80%. Quer calar o restante”, apontou.
Segundo Sávio, a CPI Mista do Cachoeira exemplifica isso. O tucano lembrou que deputados do PT retiraram de pauta requerimento do PSDB que pedia a convocação do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestres (Dnit) Luiz Antônio Pagot, que estaria disposto a depor na comissão. Para ele, o propósito do Planalto com o colegiado é perseguir os tucanos.
De acordo com o deputado, o PT também atua contra a liberdade dos jornais. “A imprensa não é livre coisíssima nenhuma. Quando começa a criticar a gestão, ela chega a ser atacada aqui na Casa. Imprensa livre no Brasil tem que bater palma para o governo, ou no mínimo não falar mal dele. É assim no conceito da atual administração”, criticou. “Ficam aqui o meu desabafo e o alerta de que é hora de botarmos o dedo na ferida. A nossa democracia está ferida de morte”, concluiu.
(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)
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