Desigualdade social


Desenvolvimento brasileiro depende do fim da gastança pública, diz Gomes de Matos

O deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) lamentou nesta quinta-feira (3) a situação do Brasil no que diz respeito à desigualdade social. O tucano fez referência ao ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em que o país se encontra em 84º lugar. O Brasil avançou apenas uma posição em relação ao ano passado, segundo o relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Na avaliação do parlamentar, para acelerar o crescimento da nação é necessário, em primeiro lugar, diminuir a gastança da máquina. “É preciso reduzir o custo Brasil. Os cargos públicos aumentaram muito, sem falar do dinheiro que é desviado em irregularidades”, apontou. “Dessa forma, teríamos um Programa de Aceleração do Crescimento, pois o que existe hoje é o Programa de Aceleração da Corrupção. Esse é o PAC da presidente Dilma”, completou.

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O IDH considera basicamente três aspectos: saúde, educação e renda. Para o Brasil, foram levados em conta os seguintes dados: 13,8 anos de escolaridade esperada, 7,2 anos de escolaridade real, além de expectativa de vida de 73,5 anos. Em relação ao rendimento, foi registrada Renda Nacional Bruta per capita de US$ 10.162.

No ranking deste ano, a Noruega voltou a ocupar a 1ª posição, seguida por Austrália e Holanda. Os Estados Unidos ficaram em 4º lugar. Todos esses países têm desenvolvimento humano considerado muito elevado. Na Noruega, por exemplo, a média de escolaridade é de 12,6 anos.

Gomes de Matos disse ainda que muito precisa ser feito para aprimorar os indicadores educacionais. “Para termos mais progresso, precisamos ainda melhorar muito o setor. Mas, infelizmente, o dinheiro dessa área está indo para empresas fantasma. É triste ver outros locais com menos potencial do que o Brasil com o IDH mais avançado”, concluiu.

Ritmo lento

O IDH varia de 0 a 1. Quanto mais próximo a 1, melhor a posição do país no índice. Considerando a evolução do Brasil ao longo do tempo, o valor passou de 0,549 (em 1980) para 0,665 (em 2000), chegando neste ano ao patamar de 0,718.

Desde o ano passado, o Pnud divulga também o IDH-D (o IDH ajustado à desigualdade). Esse índice contabiliza a desigualdade na distribuição de renda, educação e saúde. Alguns países têm pontos “descontados”, como é o caso do Brasil: o índice ajustado à desigualdade fica em 0,519.

Classificada como nação de desenvolvimento alto, o Brasil ainda está atrás de 19 países da
Am
érica Latina. Dois deles, Chile e Argentina, foram classificados na 44ª e 45ª posições,
respectivamente, do grupo de desenvolvimento muito elevado, segundo o Instituto Teotônio Vilela (ITV).

  No atual ritmo de evolução, o Brasil precisará de 31 anos para alcançar as condições
educacionais da Noruega.

A frase:

“A situação é crítica quando o assunto é educação. Como iremos preparar nossa juventude se não é dada a atenção para melhorar os indicadores educacionais? Há um descaso total do governo. É preciso mais transparência e melhor utilização de recurso público.”

Deputado Raimundo Gomes de Matos (CE)

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Luiz Cruvinel/Ag. Câmara /Áudio: Elyvio Blower)

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3 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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