GT da Reforma Tributária recebe representantes do agro e da indústria em audiência pública proposta por Vitor Lippi (PSDB-SP) e outros membros

Vitor Lippi em audiência pública do GT da reforma tributária. Créditos: Alex Loyola

Nesta terça, o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) participou de audiência pública proposta por ele e outros deputados do Grupo de Trabalho (GT) que discute a Reforma Tributária. Entre os convidados, estava Armando Monteiro Neto, conselheiro emérito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – a entidade defende uma reforma tributária urgente e a reindustrialização do país.

Lippi também defendeu a necessidade da aprovação da proposta. “Hoje o nosso sistema tributário é o maior e mais grave problema de custos para as nossas empresas. De insegurança jurídica, de uma burocracia excessiva, de uma guerra tributária que vem fazendo com que o Brasil perca eficiência e produtividade”, afirmou.

O parlamentar tucano detalhou algumas desvantagens do atual sistema. “Nós temos, pelo Banco Mundial, o 184º pior sistema tributário do mundo. O custo dessa burocracia absurda que acontece hoje no Brasil é superior a R$ 400 bilhões”, afirmou. Segundo o deputado, “as indústrias brasileiras estão perdendo competitividade, não por falta de qualidade, mas pelo custo que o Brasil impõe”.

Lippi defende, ainda, a criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), um modelo de unificação de impostos. O GT discute agora se a taxa deve ser única ou dupla e quais alíquotas devem ser aprovadas para contemplar setores como a educação, saúde e transporte público.

Para o deputado, esse é o caminho a ser seguido. “A gente espera poder livrar o país desse mal que prejudica seu crescimento, das indústrias, das empresas e da exportação dos produtos brasileiros. É uma grande prioridade e o PSDB espera ter um protagonismo importante, assim como em outras reformas estruturantes do Brasil”, afirmou.

Lippi também apresentou na ocasião um requerimento solicitando a participação da Confederação Nacional da Tecnologia da Informação e Comunicação (CONTIC) nas próximas audiências públicas setoriais do Grupo de Trabalho, que começou a atuar em 15 de fevereiro, com prazo de até 90 dias (prorrogáveis) para deliberar sobre o tema.

*Giulia Neves, estagiária sob supervisão