“Não é tolerável sermos abatidas e violentadas, isso tem que acabar”, alerta Bia Cavassa


Em grande expediente na tribuna da Câmara, a deputada Bia Cavassa (MS) reforçou a bandeira do combate à violência contra a mulher.

Segundo a parlamentar, as medidas protetivas para as mulheres não funcionam, na prática, como deveriam. Ela ressalta que é necessário endurecer as leis para os espancadores e estupradores de mulheres, pedófilos e traficantes de pessoas. “Um pedaço de papel não impede um homem violento de se aproximar de sua ex-companheira e ceifar sua vida. É preciso rever o sistema e criar normas e mecanismos eficientes, para que essas mulheres não morram” enfatiza.

Todos os dias, no Brasil, 10 pessoas desse grupo sofrem estupro coletivo, realizado por dois ou mais homens. E apenas 16% dos estupradores foram ou estão presos.

A deputada relembra o seu Projeto de Lei 1.806/2019, que estabelece a monitoração eletrônica do agressor, como medida protetiva de urgência, permitindo que a vítima e a polícia acompanhem em tempo real a localização do agressor, caso se aproxime das áreas que foram proibidas judicialmente, a vítima terá um tempo hábil para buscar proteção.

Bia faz também um apelo a todas as deputadas da Câmara. “Eu conclamo, em especial, todas as mulheres desta Casa para esta luta. Minhas amigas, precisamos de mais sonoridade entre nós, pois não é mais tolerável sermos abatidas e violentadas todos os dias. Basta! Isso tem que acabar!”

Em sua fala, a parlamentar também ressalta que foi a primeira mulher pantaneira a ser eleita deputada federal e dedicou a todas as mulheres sul-mato-grossenses. “A participação política da mulher é fundamental para que possamos ter a nossa tão almejada representação efetiva nas diretrizes desta Nação, pois sem a participação maciça da mulher em todos os processos políticos, jamais teremos uma democracia equilibrada, social e justa” afirma.

(Reportagem: Letícia Christie/ Foto: Alexssandro Loyola)

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