Mara aponta bandeiras no Senado e manifesta expectativa sobre gestões Doria e Bolsonaro


Mara Gabrilli nesta quarta-feira na Câmara; tucana foi consagrada nas urnas.

Eleita senadora pelo estado de São Paulo com mais de 6,5 milhões de votos, a deputada Mara Gabrilli (SP) expressa sua expectativa para o mandato no Senado e aponta algumas de suas bandeiras para essa nova fase de sua exitosa trajetória política, como a defesa por mais eficiência nos gastos públicos. Em entrevista exclusiva ao “PSDB na Câmara”, a senadora eleita reforçou ainda sua luta por bandeiras como a defesa das pessoas com deficiência, a inclusão e o combate à discriminação. Mara disse ainda estar confiante na gestão de João Dória no governo paulista e demonstrou expectativa positiva para o governo de Jair Bolsonaro. Confira a íntegra e assista trechos logo abaixo:

O combate à corrupção e a defesa da qualidade dos gastos públicos estão entre suas bandeiras para o mandato de senadora. Por que esses pontos são tão importantes?
O combate à corrupção é uma bandeira importante para o Brasil. Na questão dos gastos tenho observado que temos os tribunais de contas, que fazem um excelente trabalho de fiscalização do gasto público. Mas não temos nada que faça a avaliação da qualidade desse gasto, o que é de extrema importância. É preciso gastar estrategicamente, de forma eficiente. Vemos que há muito desperdício e dinheiro indo para o lixo. Precisamos de uma avaliação aprofundada disso para que nos ajude na formulação das políticas públicas.

Sua bandeira clássica na política sempre foi a defesa das pessoas com deficiência. Como pretende conduzi-la no Senado?
Essa tem sido a viga mestra do meu trabalho, que é defender os direitos do cidadão e combater qualquer forma de discriminação. A continuidade desse trabalho será muito importante. A pessoa com deficiência agrega muita discriminação e, trabalhando com essas pessoas, vamos conhecendo a realidade de muitas minorias, de muitos brasileiros invisíveis. São realidades que depois de conhecermos não há como abandonar.

Esse combate à discriminação é algo que diz respeito a toda a sociedade. É uma forma de trabalhar a questão das desigualdades?
Embora eu tenha como bandeiras a saúde, a educação, a tecnologia, o municipalismo – que é valorizar as cidades, o local onde a vida do cidadão acontece -, o trabalho de combate à discriminação é fundamental. Se combatermos a discriminação na saúde, por exemplo, começamos a ter atendimento para pessoas que estão esquecidas. É preciso atualizar a tabela do SUS para melhorar o atendimento dos profissionais de saúde e isso beneficia os mais vulneráveis. É um trabalho de combate à discriminação, mas é um trabalho com missão, estratégia e planejamento.

Qual a expectativa para a gestão do governador eleito João Doria, que recebeu seu apoio na disputa pelo governo paulista?
Espero que o governo Dória tenha muitas características dele, uma pessoa que tem uma capacidade de gerir e de construir ouvindo, que é a maneira dele fazer política. Acredito que ligação do Doria com a iniciativa privada vai agregar na busca por mais investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura urbana. Coloco fé que teremos um bom governo, que quer, por exemplo, pulverizar a reabilitação em todo estado de São Paulo e ampliar o número de delegacias da mulher, pois precisamos fazer esse combate à violência contra as mulheres. Precisamos de alguém com pulso e medidas afirmativas para essa área, assim como para a educação. Temos que investir na primeira infância. Caso contrário, não saímos do lugar.

O país está vivendo um momento de transição de governo. Qual a sua expectativa para o governo de Jair Bolsonaro e como pretende contribuir com essa nova fase?
Temos um presidente eleito e agora é hora do Brasil convergir força e energia para o país dar certo. Me revolta ver parlamentares eleitos que têm como pauta sabotar o país. Isso não pode acontecer, pois já sofremos muito por causa da corrupção e da ineficácia de governo. Agora é hora de somarmos e ajudarmos a construir. O Bolsonaro deu uma boa demonstração de rumo de sua gestão, chamando o juiz Sérgio Moro para compor seu ministério. Ele pegou uma pessoa que é um símbolo de competência no que faz e no combate à corrupção. Esse foi um aceno muito positivo do presidente eleito e espero contribuir com meu país e que isso não seja difícil. Aqui no Congresso, precisamos fazer uma reforma tributária, a reforma da Previdência. São medidas que vão desburocratizar, enxugar o Estado e melhorar o ambiente de negócios, algo tão necessário para conseguirmos gerar emprego e renda, o mais necessário hoje para o brasileiro. Mantenho a confiança que teremos um bom governo.

Confira abaixo trechos da entrevista:

(Reportagem: Djan Moreno/Vídeo: Hélio Ricardo/foto: Alexssandro Loyola)

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7 novembro, 2018 Banner, Últimas notícias Sem commentários »

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