Lippi alerta para alta carga tributária no setor de energia solar


Indústria nacional de placas solares está sendo destruída pela política tributária brasileira, alerta Lippi.

O deputado Vitor Lippi (SP) demonstrou preocupação com a produção de placas de energia solar em território nacional. Em discurso nesta terça-feira (4), o parlamentar destacou que a alta carga tributária está impedindo o avanço da produção e diminuindo a competitividade no setor. O tucano propôs uma revisão dos impostos.

Segundo o jornal “DCI”, o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, disse que os tributos chegam a 50% em cima da matéria-prima utilizada para fabricação das placas e painéis solares.

Lippi destacou que o setor está em decadência. Das três grandes indústrias da área, uma já fechou as portas e as outras duas estão em risco iminente de fechamento. “Uma delas já mandou 60% dos funcionários embora e a outra está em férias coletivas”, disse.

O parlamentar ressaltou que o Brasil é um importante importador das placas e painéis solares e que é uma das atividades mais promissoras do futuro, tendo em vista o fomento da economia brasileira em diversos setores, principalmente nas contas de luz.

O parlamentar acredita que, em um curto período de tempo, cerca de cinco a 10 anos, muitas casas já contarão com a tecnologia. “As pessoas vão produzir energia em casa, nas empresas, nos sítios, nas fazendas”, previu.

Entretanto, o tucano aponta a necessidade de uma intervenção para que haja fomento ao setor. “Infelizmente, a indústria nacional de placas está sendo destruída pela política tributária brasileira. Nós precisamos proteger essas indústrias”, reforçou.

O presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Milton Rego, também contou ao “DCI” que a produção do painel e a exportação do equipamento têm tributações diferentes, o que também desfavorece o setor. Segundo Milton, a competição com os produtos da China é impossível, pois a tributação também é diferenciada.

Para o tucano, a solução é a revisão do sistema tributário brasileiro. “É preciso dar isonomia para que os produtos chineses não tenham menos impostos do que os que são produzidos aqui. Nós estamos destruindo a nossa indústria”, concluiu.

(Reportagem: Cristiane Noberto/foto: Alexssandro Loyola)

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4 setembro, 2018 Noticia4, Últimas notícias Sem commentários »

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