Líder espera volta dos caminhoneiros ao trabalho e retomada da economia


Nilson fez uma defesa enfática da necessidade de redução do custo da máquina pública.

Ao lado de representantes de vários segmentos do setor produtivo, o líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), manifestou expectativa de retorno dos caminhoneiros ao trabalho, devolvendo ao país o desenvolvimento de sua economia (confira vídeo abaixo).  Na entrevista coletiva, o tucano disse ainda que o diesel não deveria ser instrumento de tributação e defendeu um corte nos gastos da manutenção da máquina pública.

Nilson falou aos jornalistas após os relatos dramáticos feitos por  representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e de vários segmentos do setor produtivo diante da manutenção da greve dos caminhoneiros, que chega hoje ao nono dia. Eles fizeram um apelo para os motoristas voltarem ao trabalho, sob pena de consequências graves para a economia e para a população, como o desabastecimento de alimentos.

A Associação Brasileira de Proteína Animal, por exemplo, relatou o que classificou de “práticas terroristas” em cidades do interior, com pessoas roubando as chaves dos caminhoneiros que querem voltar para as estradas. Segundo a entidade, os frigoríficos estão parados e milhões de aves estão morrendo por dia em virtude da falta de ração e em virtude da paralisação das linhas de produção. “Esta conta todos vamos pagar”, alertou a entidade, ao avisar que o custo na mesa do consumidor será superior a 35%.

Nilson Leitão disse que as reclamações dos caminhoneiros remontam a 2013, e os governos Dilma e Temer não deram a devida atenção às reivindicações envolvendo o óleo diesel. O tucano lembrou que a isenção do PIS/Cofins foi aprovada em 2015, mas vetada pela então presidente petista. Reapresentada, a proposta foi aprovada pela Câmara semana passada e aguarda apreciação do Senado.

“Só isso não basta. É preciso um trabalho conjunto com os governos estaduais, a Petrobras e o governo federal. O óleo diesel não pode ser instrumento  de tributação porque é um insumo importante para o Brasil. Mas também reduzir o óleos diesel e distribuir esse desconto no bolso do consumidor não dá”, apontou.

Para ele, a “grande reivindicação” de hoje, que a FPA e o Congresso estão trabalhando, é para que a máquina pública tenha redução do seu tamanho, permitindo que o recurso poupado seja direcionado para outras áreas estratégicas para o país. “Que se possa reduzir os gastos da Câmara, do Senado, do Executivo, do Judiciário. Há também pensões altíssimas fruto de legislações antigas que precisam ser revistas”, defendeu o tucano, que citou também o alto custo das máquinas administrativas nos estados e municípios.

(reportagem: Marcos Côrtes/foto: Alexssandro Loyola)

 

 

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29 maio, 2018 Destaque1, Últimas notícias Sem commentários »

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