Fábio Sousa defende que governo federal repasse verbas para segurança


Na avaliação do tucano, os estados estão no vermelho e não têm condições de fazer novos financiamentos.

O deputado Fábio Sousa (GO) usou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (7), em nome da Liderança do PSDB, para criticar a forma como o governo federal decidiu liberar recursos para a Segurança Pública. Na semana passada foi anunciada uma linha de crédito para investimentos na área, no valor de R$ 42 bilhões.

Na avaliação do tucano, os estados estão no vermelho e não têm condições de fazer novos financiamentos. Para ele, o ideal seria que o Planalto assumisse a responsabilidade e repassasse recursos aos entes federados sem a busca por contrapartidas, como acontecerá por meio da linha de crédito anunciada.

Para 2018, haverá a liberação de R$ 5 bilhões, uma cifra considerada pequena por Sousa diante do enorme problema que o país enfrenta na segurança pública, mas que, segundo ele, incentiva e alivia a situação caótica. “Acontece que o governo federal tinha que assumir a responsabilidade, levar para si o recurso e investir, sem querer uma contrapartida, sem querer empréstimos, sem querer que esse dinheiro seja devolvido, até porque ele foi pago pelo munícipe de cada cidade que paga o seu imposto e sofre com a falta de segurança pública no Brasil afora”.

O tucano reforçou que há uma imensa necessidade de verba para investimento nas polícias, em salários e equipamentos. Mas ressaltou que a ação do governo soa como eleitoreira, já que o Planalto conhece a condição das finanças de muitos estados.

“Deveria haver recurso nos estados para que façam os devidos investimentos em segurança pública, mas não uma linha de crédito. Não se pode fazer com que os Estados, que já estão devendo a alma, tornem-se mais devedores da União”, reiterou.

O parlamentar acredita que uma das principais inciativas do governo federal é assumir como responsabilidade a proteção das fronteiras. Como lembra, o país tem mais de 16 mil quilômetros de fronteira terrestre, em sua maior parte completamente desprotegida e servindo de entrada para armamento, drogas e contrabando.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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7 março, 2018 Noticia1, Últimas notícias Sem commentários »

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