Práticas ditatoriais


Deputados destacam suspensão da Venezuela pelo Mercosul após atos antidemocráticos

Deputados do PSDB destacaram a nova suspensão dada à Venezuela pelo Mercosul, dessa vez motivada pela denúncia de fraude na eleição dos membros da Assembleia Constituinte. A decisão foi tomada no último sábado (5), em um encontro dos chanceleres dos países fundadores do bloco em São Paulo, com base em cláusula prevista no Protocolo de Ushuaia. O entendimento foi de que o país rompeu com a ordem democrática.Deputados do PSDB destacaram a nova suspensão dada à Venezuela pelo Mercosul, dessa vez motivada pela denúncia de fraude na eleição dos membros da Assembleia Constituinte. A decisão foi tomada no último sábado (5), em um encontro dos chanceleres dos países fundadores do bloco em São Paulo, com base em cláusula prevista no Protocolo de Ushuaia. O entendimento foi de que o país rompeu com a ordem democrática.

A decisão do bloco foi pela suspensão política da Venezuela para pressionar Nicolás Maduro a restabelecer o Estado de Direito. O país já havia sofrido uma suspensão jurídica em dezembro do ano passado por não cumprir tratados de alianças comerciais.

“A decisão do Mercosul de suspender a Venezuela é muito importante para mostrar que não aceitaremos mais as práticas ditatoriais de Maduro”, disse a deputada Shéridan (RR) nas redes sociais. Para o deputado Betinho Gomes (PE), a decisão foi correta, pois “nenhuma ditadura pode ser tolerada”.

Segundo a empresa Smartmatic, responsável pelo sistema de voto no país desde 2004, a eleição da nova Assembleia Constituinte foi superestimada. A autoridade eleitoral anunciou que 8,1 milhões de pessoas votaram, porém, a diferença chega a ser de um milhão a menos.

Para o deputado Rogério Marinho (RN), o governo brasileiro, que lidera o Mercosul neste momento, está fazendo um trabalho importante após os episódios reiterados de quebra de normalidade da democracia por parte do governo venezuelano.

“A Venezuela está marchando para consolidar uma ditadura, o que é ruim pra todo o continente sul-americano. Acredito que o Brasil tem que tomar medidas ainda mais duras, retaliar economicamente a Venezuela e fazer um trabalho que permita que outros países possam se posicionar, porque nós não podemos compactuar com a violência que está ocorrendo naquele país e, principalmente, uma violência que tem sido apoiada por partidos que até pouco estavam governando o Brasil”, defendeu.

ATO ANTIDEMOCRÁTICO
Também no último sábado (5), a Assembleia Constituinte da Venezuela, eleita há uma semana, destituiu, por unanimidade, a procuradora-geral, Luisa Ortega, de seu cargo. A remoção aconteceu dias após ela pedir a investigação da fraude da eleição. Luisa Ortega sofreu retaliações por parte do governo e chegou e pedir proteção à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, classificou o ato como arbitrário e ilegal. Segundo ele, “a medida compromete a independência do Ministério Público e a preservação das garantias e liberdades fundamentais, confirmando a instauração de um estado de exceção na Venezuela”.

Para Rogério Marinho, o ato foi mais uma das infrações que a Venezuela vem praticando nos últimos anos e recrudesceu neste ano, principalmente com assassinatos e prisões daqueles que se opõem ao regime de Maduro. “Isso é uma grave infração, um gesto autoritário, truculento e demonstra muito bem o desprezo que esse socialismo bolivariano moderno tem, que nada mais é que a repaginação do Khmer Vermelho no Camboja, do regime comunista na Coreia do Norte, da forma com Cuba se comporta com sua população”, ressalta.

Segundo o tucano, agora é o momento para o governo brasileiro agir de maneira firme visando estabelecer a democracia na Venezuela.

(Sabrina Freire/ Fotos: Alexssandro Loyola)

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7 agosto, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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