Tensão no país vizinho


conflitos

Desde abril a Venezuela registra conflitos diários nas ruas.

Deputada critica postura de presidente da Venezuela e diz que crise no país vizinho é muito perigosa

Em mais um episódio da violência vivida na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro ameaçou pegar em armas para defender sua manutenção no governo, deixando implícito que não aceitará ser derrotado nas urnas. Na próxima eleição no país, convocada por Maduro para o dia 30 de julho, a população vai eleger cerca de dois terços dos 545 membros da Assembleia Constituinte. Opositores, no entanto, avaliam o processo como inconstitucional. Desde abril, o mandatário enfrenta uma onda de protestos no país, que exigem sua renúncia imediata e a convocação de eleições gerais. A deputada Yeda Crusius (RS) considera a ameaça preocupante, pois o presidente já provou antes que está disposto a suspender a ordem democrática em prol de interesses próprios.

“Quem mantém o controle é um ditador. E ele já pega em armas. Não precisa ameaçar isso ou que vai usar as Forças Armadas. Ele aparelhou o Judiciário e as Forças. Onde há um mecanismo para respirar democraticamente é o Congresso Nacional, que é eleito, mas que já tem eleições marcadas para o dia 30 de julho. Inclusive, ele aparelhou essas eleições também. Toda vez que chegam perto eleições nas quais sabe que vai perder, ele aplica um golpe”, alertou.

Especialistas venezuelanos apontam que o apelo às armas é um dos maiores sinais de fraqueza de Maduro, cuja popularidade está em 10%. E a crise no país ultrapassa fronteiras, como as do Brasil, onde 30 mil venezuelanos se fixaram no estado de Roraima. Yeda acrescenta que a desestabilização da Venezuela vai muito além da questão humanitária.

“Isso tem que preocupar o Brasil. Não apenas pelo número de refugiados que chegam pelo norte do país, uma coisa com a qual não estamos acostumados, com essas crises humanitárias que o Maduro está gerando. Essa crise é muito perigosa, mas espero que ela se encaminhe para uma saída.”
Nessa terça-feira (27), um grupo de policiais militares dissidentes do governo bolivariano se rebelaram e fizeram disparos contra a Suprema Corte venezuelana. Ninguém ficou ferido.

(Da Agência PSDB/foto: reprodução da TV)

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29 junho, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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