É preciso pensar no coletivo

Daniel Coelho afirma que modelo brasileiro de mobilidade urbana é ultrapassado

O Brasil há décadas abandonou sua inclinação para o transporte de massas e se lançou a uma imensa campanha que priorizou o transporte individual. Na avaliação do deputado Daniel Coelho (PE), a cultura criada por esse incentivo ao uso dos carros dificultou e arrastou a construção de projetos de mobilidade urbana que priorizassem o coletivo e as fontes renováveis, o que tem levado o Brasil à beira de uma grande crise na mobilidade urbana.

“O Brasil apostou durante muitos anos o formato ultrapassado de mobilidade. O veículo individual não pode ser a solução para nos locomovermos nas grandes cidades. O governo federal faz um discurso muito diferente da prática. A gente tem obras atrasadas, paradas, ou insuficiente na expansão dos metros das grandes cidades. Recife é uma das capitais que sofrem com esses problemas”, apontou.

O parlamentar afirma que além das melhorias no transporte público, é necessário o investimento em obras que contemplem o bem-estar dos pedestres. “É preciso, além de incentivar o transporte coletivo, contemplar outros aspectos locais e urbanos como a questão das calçadas, o pedestre, a integração entre os meios de transporte disponíveis. É um desafio grande que precisa ser enfrentado com colaboração dos três níveis de poder: do municipal,  estadual e federal”, defendeu.

O Instituto Teotônio Vilela e o PSDB realizaram nesta sexta-feira, no Recife, o seminário “Caminhos para o Nordeste – Mobilidade Urbana”. O encontro faz parte da comemoração de 20 anos de fundação do Instituto. Daniel Coelho foi um dos deputados federais tucanos presentes no evento.

(Reportagem: Shirley Loiola/ foto: Alexssandro Loyola)