Desdobramentos da Lava Jato
Fiscalização Financeira pedirá informações à Caixa sobre esquema que pode ter desviado recursos do banco
A Comissão de fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou requerimento de informações de autoria dos deputados Bruno Araújo (PE) e Elizeu Dionizio (SD-MS) no qual o pedem informações à Caixa Econômica Federal sobre esquema que operava para desviar recursos da publicidade oficial do banco.
A suspeita, levantada pela 11ª fase da Operação Lava Jato, em abril deste ano, é de que o ex-deputado petista André Vargas, cassado pela Câmara, comandava um esquema para desviar os recursos. Segundo a Polícia Federal, Vargas é suspeito de receber propina da agência de publicidade Borghierh Lowe Propaganda e Marketing Ltda., responsável pelas contas publicitárias da Caixa e do Ministério da Saúde.
“A agência de publicidade Borghierh Lowe Propaganda e Marketing Ltda teria contratado serviços das empresas E-noise, Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu Filmes para a realização de serviços de publicidade para as referidas entidades públicas e as orientado a realizar pagamentos de comissões de bônus de volume nas contas das empresas Limiar e LSI, controladas por André Vargas e seus irmãos”, informa trecho do despacho do juiz federal 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava-Jato.
O líder da Oposição na Câmar, afirma que, de acordo com matéria de “O Globo”, é possível depreender que Vargas atuava em esquema semelhante ao operado pelo publicitário Marcos Valério durante o mensalão. “Os investigadores relatam que a empresa ligada ao irmão do ex-petista recebeu, em 2013, R$ 50 milhões da Caixa Econômica Federal”, destaca Bruno Araújo.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)
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