Prisão de cartolas


Após escândalo da Fifa, deputados defendem combate à corrupção no futebol brasileiro

Silvio Torres - Otavio LeiteDeputados do PSDB comentaram em plenário a prisão de dirigentes da Fifa na madrugada desta quarta-feira (27) em Zurique, na Suíça. Um dos detidos é o ex-presidente da CBF José Maria Marin. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos detalhou as acusações do esquema de suborno que já duraria mais de duas décadas. Os dirigentes devem ser extraditados para os EUA.

O deputado Otavio Leite (RJ) anunciou que encaminhou à embaixadora norte-americana no Brasil expediente invocando acordo de assistência judiciária em matéria penal que o país tem firmado com os EUA. Ele pede que o Departamento de Justiça seja acionado para enviar informações mais detalhadas sobre a organização criminosa.

O tucano quer saber se as atividades da “rede mafiosa” se estendeu ao futebol brasileiro. “Estamos perplexos diante do que está acontecendo em relação à Fifa e à CBF. Não há mais espaço para a corrupção”, disse. Leite é relator da comissão mista criada para analisar a Medida Provisória (MP) 671/15, conhecida como MP do Futebol. O texto encaminhado pelo governo cria o Programa de Modernização da Gestão e Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut).

Para o deputado Silvio Torres (SP), é preciso trabalhar no combate à corrupção dentro do esporte, especialmente no momento em que o Congresso discute uma MP para modernizar o futebol. “Temos que avançar também na finalização, de uma vez por todas, da corrupção que assola o alto escalão do futebol brasileiro”, completou.

Propinas e comissões
As prisões aconteceram no luxuoso hotel cinco estrelas Baur au Lac, onde os cartolas estavam reunidos para a eleição da Fifa, marcada para esta sexta (29). Os cartolas são acusados de fraude, lavagem de dinheiro e uma série de crimes financeiros.

Os dirigentes são acusados de envolvimento em um esquema de corrupção através do qual “delegados da Fifa e outros de organizações dependentes receberam propinas e comissões – de representantes de meios de comunicação e de empresas de marketing esportivo – que somam mais de 100 milhões de dólares”, segundo o Ministério suíço. Em troca, os agentes corruptores “recebiam direitos midiáticos, de publicidade e patrocínio em torneios de futebol na América Latina”.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)

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27 maio, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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