PT destrói estatal


Crise na Petrobras provoca perdas em todos os setores da economia, alerta Bruno Covas

A queda brusca no valor das ações preferenciais da Petrobras nos primeiros meses do ano comprova a má gestão da Petrobras nos últimos anos. A maior estatal do país amarga as consequências de uma escândalo de corrupção sem precedentes em sua história.  Como destacou o deputado Bruno Covas (SP), houve uma descida vertiginosa mesmo em relação a 2014, que fechou com desvalorização de 80% em relação ao valor máximo atingido em 2008.

“A maior empresa pública brasileira poderia estar produzindo mais, criando novas oportunidades de emprego e renda. No entanto, está paralisada nessa imensa teia de corrupção que prejudica a economia brasileira”, disse o tucano.

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Ele avalia que uma das piores consequências desse escândalo é a perda de credibilidade do Brasil no mercado internacional. “Isso desestimula outros investimentos aqui no país, aprofundando a crise moral, ética e também econômica”, lamentou.

Segundo estudo do Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos políticos do PSDB, a Petrobras também encontra dificuldades para realizar o que é o coração do seu negócio: explorar e produzir petróleo. O prejuízo estimado até agora supera os R$ 80 bilhões, fruto da corrupção e dos negócios mal feitos nos últimos anos pela Petrobras.

Entre as consequências danosas está o cancelamento das duas refinarias previstas para serem erguidas no Ceará e no Maranhão, enterrando R$ 2,7 bilhões em investimentos já realizados. A suspensão de investimentos da Petrobras já ocasionou a demissão de mais de 20 mil trabalhadores em toda a cadeia de petróleo. Entre os exemplos está a redução do ritmo de obras do Comperj – que pode legar prejuízo de mais de R$ 50 bilhões – e da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – onde R$ 4 bilhões foram gastos antes mesmo de as obras começarem.

Os polos navais que deveriam produzir plataformas e sondas para a estatal também entraram em crise, com destaque para os do Rio, Rio Grande (RS) e Pernambuco. “Na indústria, o choque é fatal”, diz Bruno Covas. Ela sente na pele a retração da economia e provoca a desindustrialização, provocando impacto também em outros setores.

Além do desemprego, uma série de obras paradas, vários investimentos pela metade, há um grande desperdício de recursos públicos. Segundo o tucano, até mesmo o preço da gasolina, que deveria ser definido de forma transparente, acompanhado pela população, é controlado pelo governo e vem registrando aumentos sucessivos.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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22 abril, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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