De escanteio


Prometida como “prioridade” do 2º mandato, educação sofre desgastes nas mãos de Dilma

Ao tomar posse para o segundo mandato, a presidente Dilma lançou o lema “Brasil, pátria educadora”. Poucos dias se passaram e a equipe da petista começou a dar demonstrações de que a educação, considerada a “prioridade das Izalci - Daniel Coelhoprioridades”, está longe de receber a atenção prometida. Nesta quinta-feira (19), os deputados Daniel Coelho (PE) e  Izalci (DF) citaram o atraso no pagamento do Pronatec como mais um dos exemplos de que a presidente vai contra seu próprio lema. Outros problemas também chamaram a atenção neste início de mandato, como a “tesourada” de R$ 7 bilhões no orçamento do MEC para este ano.

Estelionato eleitoral – Desde outubro, o governo federal deixou de pagar pelas aulas das 500 escolas privadas participantes do programa, que oferece cursos técnicos subsidiados pela União. Por causa do atraso, donos de instituições de ensino pegaram empréstimo bancário e adiaram pagamento de professores. Algumas escolas ameaçaram deixar o programa caso os atrasos continuassem. Só hoje o governo confirmou a liberação de R$ 119 milhões para pagar as escolas. 

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Para Izalci, a educação é mais uma vítima do estelionato eleitoral praticado pela presidente da República. Ele lembra que os estudantes já haviam sido prejudicados com a mudança nas regras do Fies, como a que dificultou o acesso ao financiamento, exigindo média de no mínimo 450 pontos no Enem. No caso do Pronatec, uma das principais vitrines de Dilma na campanha, o tucano afirma que o programa foi usado com viés eleitoreiro.

 “Houve uma avalanche de matrículas por causa da abertura de quase 8 milhões de vagas. Agora o reflexo disso: houve uma evasão muito grande pela falta de organização e, o mais grave, a falta de pagamento, prejudicando não só os alunos, mas também as instituições, que dificilmente têm condições de renovar para o próximo ano”, alertou. Na avaliação dele, a presidente já está tarimbada por dizer uma coisa e fazer outra.

arteJá Daniel Coelho acredita que o mandato de Dilma é uma farsa completa, pois as promessas estão sendo ignoradas e os cidadãos pagam pelas incoerências. Segundo ele, há um descumprimento compulsivo de tudo que foi dito na eleição, e isso vai tirando a legitimidade do governo. “O compromisso central na campanha era prioridade na educação e um olhar pelos mais necessitados. Agora, essas duas coisas estão sendo ignoradas no início do mandato”, destacou, ao lembrar que o orçamento do Ministério da Educação sofreu o maior corte entre todos os ministérios. 

 “O que deveria haver era um corte no custeio do governo, mas a decisão tem sido de cortar nos mais pobres e não há nenhum sinalização de redução da estrutura da máquina e do custeio”, lamentou.

 Apesar de o Ministério da Educação não ter informado qual o montante de verba atrasado para os repasses do Pronatec, estimativa do jornal “Folha de S.Paulo” com base em dados oficiais indica que, apenas na cidade de São Paulo, 35 escolas têm de receber R$ 20 milhões referentes a outubro.

(Reportagem: Djan Moreno/Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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19 fevereiro, 2015 Últimas notícias 2 Commentários »

2 respostas para “De escanteio”

  1. Lucia disse:

    ESSE DESGOVERNO TEM QUE CAIR TEMOS QUE IR AS RUAS. NÃO É POSSIVEL QUE VAI CONTINUAR ASSIM.

  2. rubens malta campos disse:

    É. Vemos o lulopetismo em ação.

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