Sem controle


Governo petista foi incapaz de manter controle da inflação, critica Raimundo Matos

13066073633_a108ab7749_zApresentada ao país como a “gerentona” de pulso firme capaz de conservar a máquina pública e o país nos eixos, a presidente Dilma Rousseff fechou o seu primeiro mandato sem cumprir uma vez sequer o centro da meta da inflação, que é de 4,5% ao ano. Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador oficial no Brasil fechou 2014 em 6,41%,resultado muito próximo do teto da meta do governo e distante quase dois pontos percentuais do centro. Em 2011, a taxa foi de 6,50%. No ano seguinte, 5,84%. E em 2013, 5,91%.

“Mais uma vez se constata a realidade dos fatos”, disse o deputado Raimundo Matos (CE). “O governo não conseguiu manter o nível de inflação baixo, diferentemente do que a presidente Dilma anunciava nas reuniões, nos comícios e na publicidade. Não houve controle”, acrescentou.

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Escalada – A desordem da política econômica petista obrigou os cidadãos a pagarem mais caro para comer e morar em 2014. De acordo com o IBGE, o grupo alimentação e bebidas, de maior peso no orçamento das famílias (24,86%), ficou 8,03% mais elevado e contribuiu com 1,97% para a alta da inflação. Os vilões foram o açaí (+ 29,73%), a cebola (+23,61%) e a carne (+22,21%).

O custo da moradia também encareceu o custo de vida no ano passado. Aumentou 8,80% em 2014, com destaque para os reajustes da energia elétrica (17,06%), artigos de limpeza (10,74%), mão de obra de pequenos reparos (10,02%), aluguel residencial (9,35%), condomínio (7,59%) e gás de cozinha (4,86%).

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, limitou-se a dizer que a inflação do ano passado ficou dentro da meta, apesar de todos os desafios, e avisou que ela aumentará em janeiro em virtude de alguns reajustes, como o das tarifas de ônibus, e de gastos extras. Entre eles, a compra de material escolar e o pagamento de impostos.

Drama sem fim  Segundo Matos, o drama das famílias para comportar os gastos no orçamento deve se repetir, e até piorar, ao longo de 2015. “Vários itens que não refletiram no cálculo da inflação de 2014 já estão pesando no bolso dos brasileiros. O salário e demais ganhos da população estão cada vez mais desprotegidos”, disse.

Bancos e consultorias também apostam no pior. Divulgado na segunda-feira (5), o Boletim Focus, do Banco Central, mostra que aumentou a expectativa do mercado financeiro sobre o avanço dos preços. Segundo a estimativa dos analistas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015 deverá ficar em 6,56%. A pesquisa é realizada semanalmente pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras.

(Da Redação/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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9 janeiro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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