Orçamento estourado

Ministro e comandante da Aeronáutica tentam explicar compra de aviões de caças e de mísseis

Caças suecos custaram US$ 900 milhões a mais do que o valor previsto.

As comissões de Relações Exteriores e a da Fiscalização Financeira e Controle promovem nesta terça-feira (8) audiência pública conjunta com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, e do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, comandante da Aeronáutica. Em pauta, explicações sobre a compra de 36 caças Gripen NG, fabricados pela companhia sueca SAAB, e as condições de compra dos mísseis Harpoon, dos EUA. A reunião está marcada para começar às 14h30 no Plenário 3.

Deputados do PSDB foram decisivos para a realização do debate, pois apresentaram requerimentos nas comissões participantes. Na de Relações Exteriores, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), Emanuel Fernandes (SP), Duarte Nogueira (SP) e Eduardo Barbosa (MG). Na de Fiscalização, Vanderlei Macris (SP).

 Há muitas explicações a serem dadas sobre as aquisições do governo. Os caças, por exemplo, custaram US$ 900 milhões além do previsto. O salto na fatura foi anunciado pelo governo somente após o fim das eleições. O valor total chega a US$ 5,4 bilhões.

A Força Aérea Brasileira (FAB) argumentou que a diferença se devia à negociação para a atualização do projeto – a proposta da Saab era de 2009, e foi necessário adequá-la à evolução tecnológica de alguns componentes do avião e à exigência de maior participação brasileira na produção.  

Em relação aos mísseis, reportagem do jornal “O Estado de São Paulo” denunciou que o Brasil estaria adquirindo o equipamento militar pelo preço de US$ 8,35 milhões a peça, quando a Índia teria adquirido um lote dos mesmos mísseis por US$ 4,4 milhões a peça, quase a metade.

(Da redação/Foto: divulgação – Saab)