Crime contra a segurança


PSDB pede investigação após prisão de funcionária de ministro venezuelano com armas e documentos

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), protocolou na tarde de hoje (31) duas representações relativas à prisão da suposta babá do filho do Ministro das Relações Exteriores e Vice-presidente do Desenvolvimento do Socialismo Territorial da Venezuela, Elias Jaua Milano. O líder tucano solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e à procuradora-chefe da Procuradoria da República em São Paulo (onde ocorreu a prisão) a adoção das medidas necessárias para investigar a possível prática de crimes contra a segurança nacional e contra a ordem política e social. No início da semana, também será enviado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) requerimento de informações questionando que dados o órgão dispõe sobre a situação – que porventura tenham sido colhidos tanto previamente quanto após a prisão da venezuelana.

No último dia 24 de outubro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, um revólver calibre 38 (municiado) foi encontrado com Jeanette Del Carmen Anza, detida por possível prática de tráfico internacional de armas. Também foram encontrados diversos documentos de doutrinação política e ideológica. Em depoimento, Jeanette declarou que todo o material era de propriedade do ministro venezuelano, que já se encontrava no Brasil.

Quatro dias após a ocorrência (28/10), o site do Ministério do Poder Popular para as Comunas e Movimentos Sociais da Venezuela noticiou que, Jaua fechou “uma série de acordos nas áreas de formação e desenvolvimento da produtividade comunal entre o Governo Bolivariano e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil – MST, em Guararema, estado de São Paulo”. Além disso, noticiou que o “Ministro para as Comunas e os Movimentos Sociais indicou que os convênios têm como objetivo incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências de formação ‘para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação, a consciência e a organização do povo para defender o que logrou e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista’”.

“Diante do teor do que foi veiculado na página do Ministério, resta inequívoco que Elias Jaua ocupou parte de sua estada no Brasil para doutrinar, política e ideologicamente, membros do MST, com a reconhecida finalidade de fomentar a realização de uma revolução socialista no Brasil, nos moldes da que foi promovida por Hugo Chávez e seus seguidores na Venezuela”, explica Imbassahy nas representações.

Imbassahy lembra ainda recente entrevista do líder nacional do MST, João Pedro Stédile, concedida ao blog de Rodrigo Viana, da Revista Fórum. Na publicação, Stédile afirmou categoricamente: “Ganhe quem ganhe, continuará tudo igual. Só espero que não ganhe o Aécio, porque aí seria uma guerra”.

“Ao que tudo indica o MST já estava sendo preparado para a tal guerra que Stédile prometeu. A prisão da suposta babá do ministro venezuelano com uma arma e documentos para doutrinação ideológica e política são fortes indicativos de que a ação estava em curso, mas uma inspeção de rotina no aeroporto trouxe o caso à tona. As autoridades brasileiras tem o dever de investigar o que pode estar por trás desses acontecimentos, que estão intimamente interligados”, concluiu Imbassahy.

(Da Liderança do PSDB na Câmara)

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31 outubro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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