Cilada petista


Dilma apela para diálogo após incentivar divisão do país durante campanha, lembram tucanos

13094175664_e47a38316c_zApós incitar o ódio na campanha pela reeleição, a presidente Dilma Rousseff resiste a entender a dimensão do recado das urnas. Limita o aceno de paz aos mais de 51 milhões de descontentes com seu governo à palavra “diálogo”, sem reconhecer a crise institucional e econômica e propondo mudanças já rejeitadas no Congresso.

Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), não passa de um engodo o discurso agregador que a petista tentou fazer logo após a oficialização do resultado, na noite de domingo (26). “Não vamos cair nessa cilada de acreditar numa presidente que, depois de dividir o país numa campanha sórdida de ódio, agora diz que quer a união nacional”, declarou.

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 O tucano contestou ainda a capacidade política e administrativa de Dilma. “Ela comprovou que não tem liderança para fazer transformações, por isso vai ter dificuldades enormes. A Dilma não é conciliadora, não é agregadora”, disse. “Ela fez uma das piores gestões de toda a história da República do ponto de vista da economia e vai ter grandes dificuldades para colocar o país no trilho. Ela descarrilhou o país”, completou.

 Em discurso na tribuna da Câmara, nesta terça, o deputado Duarte Nogueira (SP), presidente do PSDB em São Paulo, afirmou que a oposição cobrará de “maneira implacável o cumprimento das propostas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff”. “Queremos aguardar de que forma ela vai fazer o que disse, já que afirmou que vai voltar a dialogar com os setores produtivos e financeiros, vai ter responsabilidade fiscal, combater a inflação e fazer o país crescer”, declarou. “Até agora, estamos assistindo a um governo que encerra esse mandato de uma maneira pior do que começou. Eivado de indícios de corrupção, cheio de sobre preços nas obras públicas e com o povo brasileiro dividido em função de calúnias e mentiras ditas contra nosso candidato.”

 Índole autoritária – De acordo com o deputado Marcus Pestana (MG), que preside o PSDB em Minas Gerais, a petista “não tem vocação para o diálogo” e é dona de uma “índole autoritária”. “Em momento algum a presidente propôs um diálogo com a oposição. Ela não teve a humildade de mencionar nada em relação aos milhões de eleitores que a rejeitaram e o que fez foi um discurso em que reafirma a continuidade”, afirmou o deputado mineiro. “Não creio nessa conversão súbita, não creio que ela mude sua índole autoritária. Nossa oposição não vai titubear em vocalizar o desejo de metade do Brasil.”

 Segundo o deputado Alfredo Kaefer (PR), a presidente reeleita sequer sinaliza as ações efetivas que vai tomar e que representariam o anseio de mudança da sociedade. “Fica apenas numa retórica totalmente vazia e ladeada por uma declaração do presidente do PT de que a prioridade do partido é o controle social da mídia e o plebiscito da reforma política”, disse o tucano, que criticou esse último item proposto pela petista. “Eu não aceito. Acabo de ser reeleito deputado federal pela população e fui votado para legislar em nome dela. O sistema representativo parlamentar exige que nós, deputados, façamos as reformas necessárias e não democracia direta como ela quer”, declarou.

Já o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) cobrou da petista as reformas que prometeu para o país durante a campanha eleitoral. “Estou de braços e mãos estendidas para as reformas, presidente Dilma. Mas venha com reforma séria. Não venha fazer reforma fatiada”, disse o parlamentar. O tucano enumerou a série de problemas que comprometem o desenvolvimento do país. Entre eles, a inflação, o baixo crescimento e os déficits das contas públicas e da balança de pagamentos. “Segurança e saúde estão um caos. Ela diminuiu o dinheiro para os estados e municípios brutalmente”, afirmou. “O que a dona Dilma vai fazer no segundo mandato? Se continuar refém do seu partido, não vai fazer nada”, acrescentou.

GUIDO MANTEGA VIVE EM OUTRO MUNDO – Alfredo Kaefer  reprovou também a declaração feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nessa segunda-feira (27). Segundo o chefe da equipe econômica, o resultado das urnas mostra que população aprova as políticas que estão sendo praticadas pelo governo. “A maior prova de que a população não aceita é que o Centro-Sul votou majoritariamente contra a presidente”, disse Kaefer.

O deputado Otavio Leite (RJ) também questionou a fala do ‘futuro ex-ministro’. “Quem tem boca fala o que quer. É impressionante que ainda não tenham entendido que a condução da política econômica é uma das coisas mais equivocadas desse governo”, frisou. Para o deputado César Colnago (ES), “o povo está feliz com a inflação alta, com os juros nas alturas e com o pibinho próximo a zero no mundo do ministro demissionário da Fazenda”.

 (Da redação, com informações do portal “G1” e dos jornais “O Estado de S.Paulo” e “O Globo” / Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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28 outubro, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Cilada petista”

  1. Que acordo? O acordo que eles querem é derrotar a oposição. Temos que nos manter firme na oposição, impondo a DEMOCRACIA.

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