Cronologia da má gestão


Lista de envolvidos no “Petrolão do PT” escancara esquema bilionário que surrupiou cofres da estatal

O “Petrolão” do PT ganhou destaque no mês de setembro, quando foram divulgados os primeiros nomes delatados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O rol dos possíveis beneficiários do esquema é extenso: inclui parlamentares, ministros e governadores da base aliada ao Planalto. Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), trata-se do “mensalão 2”: mesmo esquema, mas diferentes cenários e personagens. Até o ex-ministro Antonio Palocci deu as caras nas páginas policiais no último mês, acusado de pedir R$ 2 milhões para a campanha de Dilma em 2010. A contabilidade criativa da gestão petista deu nova mostra de sua capacidade: a equipe econômica inflou o resultado da balança comercial de agosto com a venda de uma plataforma de petróleo que ocorreu apenas no papel. Confira estes e outros destaques de setembro:

 PETROLÃO DO PT – No início do mês, a revista “Veja” revelou nomes de políticos que teriam sido citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa durante depoimentos prestadoscharge-2309 à Polícia Federal em acordo de delação premiada. Costa apontou deputados, senadores, ministros e governadores pertencentes à base governista como beneficiários de um esquema bilionário montado por ele e pelo doleiro Alberto Youssef que incluía a cobrança de propinas de empresas fornecedoras da companhia. “É o mensalão 2, o Petrolão do PT”, disse Imbassahy.

RUMOROSA TRANSAÇÃO – O ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró prestou depoimento na CPI Mista que investiga a companhia e insistiu em preservar Dilma no processo de compra da refinaria de Pasadena. Deputados do PSDB alertaram o ex-diretor para o risco de isentar a presidente da rumorosa transação. Antes da reunião, líderes e membros da comissão discutiram a necessidade de acesso aos relator da delação premiada de Costa. O ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa foi à CPI dia 17, mas se recusou a responder as perguntas dos parlamentares. Tucanos propuseram o sigilo da reunião, para incentivar Costa a falar, mas a ideia foi barrada pela base governista.

ERRO “BANAL” – A divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) foi abalada pelo reconhecimento de erros que alteraram os resultados do levantamento do IBGE. O índice de Gini, que mede a diferença entre ricos e pobres, teria subido em 2013 em relação a 2012. Depois da correção, a desigualdade supostamente diminuiu. A presidente Dilma chegou a dizer que esse tipo de erro é “banal”.

DINHEIRO A BORDO – O motorista Sebastião Ferreira, que trabalhou para o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, confirmou ao Ministério Público Federal que teria transportado dinheiro e realizado diversos pagamentos em espécie a mando do ex-patrão em quase seis anos. O líder Imbassahy cobrou, dia 1º deste mês, apuração imediata da denúncia, já que Bendine foi apontado como um dos indicados para ocupar cargos de chefia no governo federal pela ex-secretária de Lula, Rosemary Noronha.

CONTABILIDADE CRIATIVA – O resultado da balança comercial de agosto, anunciado em setembro, fechou com superávit de US$ 1,168 bilhão graças a uma operação contábil promovida pelo governo. Para inflar o resultado, a equipe econômica contabilizou como exportação a venda de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 1,1 bilhão. A operação, no entanto, ocorreu apenas no papel, já que o equipamento permanece no país na forma de leasing.

charge-2509PALANQUE NA ONU – Dilma usou o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, tradicionalmente feito pelo Brasil, como palanque eleitoral. Dos 24 minutos de fala, a maior parte do tempo na tribuna foi empregada para fazer proselitismo sobre os 12 anos de governo do PT. Para completar o fiasco, a petista criticou as intervenções militares dos Estados Unidos e sugeriu diálogo com o grupo radical Estado Islâmico (EI), responsável por violentas ações contra civis.

DE VOLTA – O ex-ministro Antonio Palocci voltou a estrelar as páginas policiais após depoimento de Paulo Roberto Costa detalhado por “Veja”. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras disse aos investigadores que, em 2010, Palocci pediu-lhe R$ 2 milhões para a campanha presidencial de Dilma. Costa afirmou que, na ocasião, acionou o doleiro Alberto Youssef para providenciar o montante.

DIREITO DO TRABALHADOR – Em audiência pública sobre a PEC que concede benefícios a servidores públicos comissionados, o deputado Izalci (DF), relator da matéria, pediu a mobilização dos parlamentares, das entidades representativas e dos integrantes desse segmento para aprovação do tema ainda este ano. Entre os direitos que ela garante estão o aviso prévio, o seguro-desemprego e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

LINHA DA POBREZA – O TCU revelou em setembro o uso de dados maquiados na área social por parte do governo federal. Os parâmetros usados pelo Planalto criaram uma defasagem no valor das linhas que separam miseráveis e pobres da classe média devido ao aumento da inflação e do dólar nos últimos anos. Os valores de R$ 77 per capita, que o governo considera como linha da miséria, e R$ 154, da pobreza, deveriam ser reajustados para R$ 100 e R$ 200, respectivamente.

CONTA MAIS CARA – A condução criminosa do setor elétrico pelo governo Dilma provocou mais um desastre na área. A Agência Nacional de Energia Elétrica confirmou as suspeitas de que a conta de luz aumentará em 2015. As tarifas ao consumidor podem ficar em média 28% mais caras. O novo cálculo já considera o efeito de queda das tarifas previsto com o fim dos contratos de usinas cuja concessão vence ao longo do ano.

(Da redação / Charges: Fernando Cabral)

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1 outubro, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Cronologia da má gestão”

  1. rubens malta campos disse:

    Todas essas informações devem ser bem explicadas no horário eleitoral de forma di
    dática,de tal forma que pessoas sem instrução possam bem compreender.

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