Cronologia da má gestão


Em recessão e na iminência de mais um pibinho, Brasil amarga consequências dos erros de Dilma

charge-2908As barbeiragens da política econômica de Dilma estão custando muito caro ao país. Com “crescimento” estimado em apenas 0,54% neste ano, segundo economistas ouvidos pelo Banco Central,  o Brasil sofre com a falta de credibilidade da gestão petista e com a ineficácia das ações adotadas para estimular a economia. Acuado e pressionado a dar respostas, o Planalto alega que o país é vítima de uma crise internacional, mas bastaria olhar no espelho para enxergar a raiz do problema. Os dados divulgados no final do mês pelo IBGE confirmam a recessão, com dois trimestres seguidos de queda. Principal estatal do país, a Petrobras continua frequentando o noticiário político-policial. Entre as revelações do mês, apareceram com destaque a denúncia de combinação de perguntas e respostas na CPI em curso no Senado e a transferência suspeita de imóveis para parentes pela presidente da estatal após ter estourado o escândalo da refinaria de Pasadena. Confira estes e outros destaques de agosto:

Petista joga Brasil na recessão: no último dia 29 o IBGE divulgou dados desastrosos sobre a economia brasileira, que tecnicamente entrou em recessão, situação inédita desde a crise mundial de 2009. A queda no segundo trimestre foi de 0,6% em relação ao trimestre anterior. No período, a indústria apresentou retração de 1,5%, enquanto os investimentos despencaram 5,3%, entre outras tristes estatísticas.

E de nada adianta a petista culpar a crise internacional, pois apenas o Japão saiu-se pior que o Brasil entre as principais economias que já divulgaram o resultado do período. Na gestão Dilma, a economia brasileira foi a de menor crescimento entre todas as da América do Sul.  Para piorar, o “campeão mundial de erros de previsão de crescimento do PIB”, ministro Guido Mantega (Fazenda), reforçou sua aposta na fracassada política econômica petista em entrevista publicada em agosto na “Folha de S.Paulo”, provocando ainda mais desconfiança dos investidores no Brasil.

cbJuros e dívidas em alta: a combinação de “PIBinho” e inflação elevada são apenas exemplos do legado maldito de Dilma na economia. Vários outros dados mostram o porquê de tantos brasileiros clamarem por mudanças de rumos. O juro do empréstimo à pessoa física, por exemplo, chegou a 43,2% em julho, o maior desde 2011. Sem contar a Selic, que segue em 11%.

Com a corda nos pescoço, muitas famílias sofrem para pagar suas dívidas. Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostra que o percentual de famílias com débitos passou de 63% em julho para 63,6% em agosto. O número comprova como foi equivocado o estímulo demasiado do governo petista ao consumo, uma das principais estratégias da atual gestão para tentar aquecer a economia.

Petrobras, uma usina de más notícias: vítima de decisões desastrosas no governo Dilma, como a compra da refinaria de Pasadena, a Petrobras continua colhendo maus resultados na era petista e sendo pivô de denúncias de todo tipo de desmando. A estatal está no centro de uma série de escândalos envolvendo negócios ruinosos – como a compra de Pasadena e a construção da refinaria de Abreu e Lima.

Para piorar, seus negócios também patinam. No 2º trimestre, houve queda de 25% no lucro na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto sua dívida líquida atingiu R$ 241 bilhões. Apesar da sucessão de desmandos, Dilma vinha alegando que a estatal era vítima de “uso eleitoral” das denúncias, mas em agosto mudou de postura e disse não existe instituição imune a irregularidades.

charge-2108Tudo para encobrir transferência suspeita de imóveis: ao longo do mês, o Planalto fez pressão para que os bens da presidente da Petrobras, Graça Foster, não fossem bloqueados pelo TCU no processo que trata do ressarcimento aos cofres públicos pela desastrosa compra da refinaria de Pasadena. Dilma também saiu em defesa de Foster no que diz respeito à transferência de imóveis a familiares feita pela presidente da Petrobras após o estouro do escândalo da aquisição da refinaria norte-americana. A denúncia foi feita em agosto pelo jornal “O Globo”. Pelos prejuízos em Pasadena, 11 diretores da Petrobras foram condenados pelo TCU a devolver US$ 792 milhões aos cofres públicos.

Farsa na CPI da Petrobras: no começo de agosto a revista “Veja” revelou que os depoimentos mais importantes da CPI da Petrobras em andamento no Senado – os de ex e dos atuais principais executivos da empresa – foram tudo jogo combinado, com perguntas e respostas ensaiadas previamente. Teriam participado da farsa funcionários da estatal, assessores da liderança do governo no Senado, da liderança do PT no Senado e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Questionada sobre mais este escândalo, Dilma alegou que se tratava de um problema do Congresso, como se seu governo nada tivesse a ver com o caso.

Arrogância na ampliação do Supersimples: em cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma sancionou a lei que universaliza o acesso do setor de serviços ao Supersimples, no Palácio do Planalto, mas omitiu o papel fundamental dos tucanos no projeto e nas demais realizações em defesa do segmento. Sem qualquer cerimônia, ela atribuiu ao seu governo e ao de seu antecessor, Lula, todas as iniciativas voltadas aos pequenos negócios. A proposta sancionada é de autoria do deputado Vaz de Lima, do PSDB de São Paulo. Para o deputado, a presidente não teve a humildade de reconhecer o trabalho das outras pessoas e dos outros partidos.

Crise no setor elétrico: a conta da falta de planejamento, da desorganização, da interferência indevida e da demagogia da petista ficará para as famílias e para o setor produtivo. Segundo a consultoria Safira Energia, os consumidores pagarão por uma tarifa de luz mais cara, em média, 24%, no ano que vem e em 2016. Essa estimativa, corroborada por outras empresas do mercado, é pelo menos 12 pontos percentuais maior que a previsão do governo petista. 

Confira os demais capítulos da cronologia da má gestão de Dilma

(Da redação/Charges: Fernando Cabral e reprodução/Correio Braziliense)

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1 setembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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