Lavagem de dinheiro


Colnago destaca abertura de processo contra André Vargas, apesar de manobra do PT

O deputado César Colnago (ES) elogiou a decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar de instaurar processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado licenciado 13743230074_9f4c36a9fe_hAndré Vargas (PT-PR). O processo foi motivado por representação do PSDB, DEM e PPS que pede a investigação de denúncias do envolvimento de Vargas com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 10 bilhões. Hoje, o petista renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara.

O PT apresentou questão de ordem para tentar evitar o processo, mas não teve sucesso. O deputado Zé Geraldo (PT-PA) alegou que, como há uma sindicância sobre o mesmo tema em andamento na Corregedoria da Casa, seria preciso aguardar essa instância para depois levar adiante o processo no Conselho. O presidente do conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), negou o pedido, argumentando que é um órgão independente e não se submete a outros. Zé Geraldo anunciou que o PT recorrerá à Presidência da Câmara contra a decisão de Izar.

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“O Conselho de Ética tem o papel fundamental de investigar todas as denúncias. O processo foi instaurado corretamente pelo presidente ao negar a questão de ordem ao deputado do PT. O petista entendia que o Conselho teria que esperar definições da Corregedoria para que pudesse ser instaurado o devido processo legal, mas uma coisa não inviabiliza a outra. São dois processos que podem ocorrer concomitantemente”, explicou Colnago.

O relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), adiantou que seu parecer preliminar, a ser apresentado no próximo dia 22, será pela admissibilidade da representação proposta pela oposição.

De acordo com Colnago, o conselho deve trabalhar com transparência e garantir o direito de defesa a Vargas. “É importante que o Conselho de Ética faça tudo com muita transparência, dando amplo direito de defesa, sempre buscando a preservação da ética e da justiça”, afirmou.

Depois de ser analisado no Conselho de Ética, o processo contra André Vargas vai para o Plenário da Câmara, onde será analisado pelo sistema de voto aberto. Se a maioria dos deputados decidir pela perda do mandato, o deputado ficará inelegível pelos próximos oito anos.

Matéria atualizada às 18h49.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola)

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9 abril, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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