Só no gogó


Novo aumento dos juros leva líder do PSDB a lembrar promessa furada de Dilma

imbassahyPela nona vez seguida o Banco Central elevou a taxa básica de juros, que chega a 11% ao ano. Como destacou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), o percentual é superior ao de janeiro de 2011, quando a presidente Dilma assumiu. Na posse, a Selic era de 10,75%. O fato é que a petista não vai conseguir cumprir a promessa de reduzir a taxa de juros em seu governo. 

“É bom lembrar que em 2012, no Dia do Trabalho, ela foi à televisão anunciar ao país que os juros seriam reduzidos e que, a partir daquele dia, os bancos iriam cobrar taxas menores”, apontou Imbassahy . “Todavia, não cortou gastos públicos, não reduziu seus 39 ministérios, aumentando despesas e gerando efeitos negativos na economia”, completou o deputado. Ou seja, o Planalto não vem fazendo sua parte na área fiscal.

O líder aponta consequências nefastas da elevação da Selic: juros mais altos encarecem o crediário, as prestações, os financiamentos, a produção das indústrias e, consequentemente, o preço final dos produtos. “Ou seja, afeta todo mundo. Como se vê, a fala da presidente em nada resultou. Muito pelo contrário”, criticou o parlamentar.

A elevação sucessiva da Selic vem sendo a única ferramenta usada pelo governo petista para tentar conter a inflação. “Trata-se de profilaxia danosa, reflexo de uma gestão que deixou a situação fugir do controle, desperdiçou oportunidades e hipotecou o futuro da nossa gente”, alertou o Instituto Teotonio Vilela, órgão de estudos políticos do PSDB, em sua Carta de Formulação e Mobilização Política desta quinta-feira (3). Como destaca o ITV, Dilma será a primeira presidente desde a adoção do regime de metas no país, em 1999, a legar a seu sucessor juros maiores do que recebeu.

Remédio amargo e de efeito limitado

11%
É a nova taxa de juros definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central nesta semana. Foi a nona alta consecutiva da Selic. Em apenas um ano a taxa brasileira aumentou mais de 50%, caso único no mundo. Quando Dilma assumiu, o percentual era de 10,75%.

6,3%
É a previsão mais recente dos economistas para a inflação em 2014, conforme a mais recente edição do Boletim Focus. Quando o BC iniciou o atual ciclo de elevação da Selic, em abril de 2013, as previsões de mercado indicavam inflação de 5,7% neste ano. Ou seja, apesar de cada vez mais amargo, o remédio não está surtindo efeito.

“Modificação” furada
Estamos modificando algumas condições no Brasil que geram entraves para o crescimento. A primeira mudança tem sido a redução de juros.”
Presidente Dilma, em julho de 2012. O fato é que o país voltou a ter as mais altas taxas de juros reais do mundo.

 (Da redação/Foto: Alexssandro Loyola)

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3 abril, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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