Só no papel


Hauly: após três anos de governo, metas descumpridas comprovam incapacidade gerencial 

O governo padece de muitos problemas, sendo que o maior dele é gerencial. A análise é do deputado Luiz Carlos Hauly (PR) ao observar as metas não cumpridas pelo governo Dilma, que tem agora apenas 12 meses para fazer muito do que registrou oficialmente durante a campanha. Levantamento feito pelo jornal “O Globo” aponta o descumprimento de promessas-chave da petista nas áreas de saúde e educação, sem contar o abandono completo das reformas política e tributária. 

Para o deputado do PSDB, a não realização de obras importantes e o arrefecimento da economia minam a credibilidade do país e delineiam um cenário ainda mais complicado para o futuro. “Não há confiança internacional. Isso tira a credibilidade da política macroeconômica do país. Temos uma meta de inflação não cumprida, taxa altas de juros e balança comercial com o menor superávit da história”, lamenta Hauly. “Infelizmente a nossa governante não está bem, pois o país está sendo muito mal conduzido”, completa.

Na área econômica, Dilma tende a concluir seu mandato como a presidente com um crescimento médio de 2%, o pior desde Collor. Em relação às reformas prometidas por ela em seu programa de governo, nada andou. A política só voltou a ser tema de debate durante as manifestações populares que ocorreram em junho, mas nada significativo ocorreu por total falta de liderança e de articulação. O mesmo aconteceu com a tributária, que ficou só no campo das boas intenções, com a carga de impostos crescendo e sem que o modelo de cobrança do ICMS fosse de fato solucionado.

“Não fizeram nenhuma reforma ou sequer uma mudança relevante na economia brasileira ou em relação a máquina pública, que continua gastando demais. Chegamos a R$ 1,7 trilhão de impostos recolhidos, batendo todos os recordes de arrecadação e ainda assim o governo não cumpre com seus  principais programas”, destaca Hauly, ao lembrar que as reformas são promessas constantes durante os já passados 11 anos de gestão do PT.

Na Saúde e Educação, descaso

Saúde e Educação sofrem o descaso do governo. O documento de campanha de Dilma dizia que “o governo federal assumirá a responsabilidade da criação de 6 mil creches e pré-escolas e de 10 mil quadras esportivas cobertas”. No foram entregues até aqui 1.267 creches — um quinto do prometido. Já o projeto das quadras cobertas foi abandonado. Até agora o governo só concluiu a cobertura de 44 quadras, menos de 0,5% do assegurado.

A presidente garantiu a construção de 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA). O próprio governo admite ter feito nesses três anos 173 unidades. Para cumprir sua meta, a presidente terá de fazer, em 2014, 11 vezes mais unidades que no ano passado, quando apenas 173 foram entregues.

“Ela foi eleita com fama de gerentona e não consegue sequer entregar obras simples como essas. As grandes e médias, então, é que não deslancham e assim o trabalhador, o cidadão mais humilde, é quem mais padece”, destaca Hauly.

Como ressalta “O Globo”, diante das dificuldades do governo em fazer as grandes obras de infraestrutura deslancharem por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a presidente recorreu à iniciativa privada, concedendo cinco rodovias e seis aeroportos, mas ainda está muito distante da promessa de eliminar os gargalos que limitam o crescimento econômico.

“O PAC está empacado, a saúde vai de mal a pior, o governo federal não faz sua parte e ainda massacra estados e municípios, tirando receitas deles. O crescimento da economia é pífio e a presidente ainda não mostrou a que veio”, esse é o resumo do atual cenário do país, na avaliação do deputado. Para ele, dificilmente Dilma conseguirá cumprir suas principais promessas neste último ano de governo.  Obras de mobilidade urbana, ações de combate ao crack também são iniciativas que andam a passos de tartaruga, de acordo com o jornal.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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3 janeiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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