Transparência total e absoluta, por Carlos Roberto


Para desespero da inquisição instalada nos bastidores do governo federal, patrocinada pela companheirada do PT, o PSDB não se abala com as acusações infundadas que vêm sendo divulgadas à exaustão por parte da mídia comprometida com o poder. Como quem não deve não teme, o governador Geraldo Alckmin, numa postura digna de quem tem compromissos com a população, cobra "transparência total e absoluta" na investigação de um suposto cartel no metrô e nos trens metropolitanos em São Paulo.

"Só a transparência absoluta, não a transparência parcial, ou enviesada, vai nos trazer a verdade", afirmou o governador numa demonstração inequívoca de que é o maior interessado na verdade total. O comportamento revela que o PSDB é um partido consciente de sua responsabilidade social. Não é a toa que está à frente do maior Estado do Brasil há quase duas décadas sem qualquer mácula que possa denegrir sua imagem. Neste sentido, é evidente que – se houver indícios de irregularidades praticadas por agentes públicos ou integrantes do partido – ninguém vai querer jogar a sujeira para baixo do tapete, a prática mais comum de nossos adversários.
 
O Brasil não pode mais conviver com mentiras e casos de corrupção que terminam sem punição. O PT convive e esfrega na cara da população os condenados pelo Mensalão, sem – em momento algum – demonstrar que quer punir ou parar de conviver com os seus chefes de quadrilha. Bem diferente disso, quer porque quer que o Supremo Tribunal Federal, que julgou a exaustão o caso e decidiu por maioria punir os culpados, abrande as penas, para que José Dirceu, Genoíno, entre outros, não acabem atrás das grades.
 
Assim, é de se louvar a atitude do governador Alckmin, que instituiu o grupo que tem  representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo e da Transparência Brasil, com liberdade absoluta de acesso às investigações. O PSDB está ao lado da população que pede a "punição de empresas, o ressarcimento do erário público e, caso haja agente público envolvido, seja quem for, a rigorosa punição".
 
Nunca é demais lembrar que as acusações estampadas na mídia não podem se limitar ao Estado de São Paulo e aos governos do PSDB. As empresas citadas como envolvidas na formação de cartéis prestam serviços para vários estados brasileiros, comandados por diferentes partidos políticos, inclusive o PT, e também pelo governo federal. Lamentavelmente, o trabalho de investigação tanto do Cade quanto da Polícia Federal se reduziu a São Paulo e Distrito Federal, sem a abrangência que as denúncias da Siemens revelam. Outras cinco capitais — Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre e Belo Horizonte — estão na relação de acordos denunciados pela empresa alemã, com a participação da estatal federal Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), mas as investigações não estão sendo feitas.
 
Ou seja, não se pode – de forma alguma – partidarizar essas investigações. A grande diferença, algo não muito comum no Brasil, é que onde houver denúncias contra o PSDB a verdade prevalecerá.
 
(*) Carlos Roberto é deputado federal, presidente da subcomissão de monitoramento das políticas de financiamento dos bancos públicos de fomento, com destaque ao BNDES, e industrial.
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12 agosto, 2013 Artigosblog Sem commentários »

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