Pressões partidárias


Parlamentares reprovam resposta de Dilma a artigo de FHC

A resposta de Dilma Rousseff ao artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi criticada pelos deputados Marcus Pestana (MG) e Antonio Carlos Mendes Thame (SP) nesta quarta-feira (5). O texto do tucano, intitulado “Herança pesada”, apontou várias falhas da gestão Lula. Em nota oficial, a petista alegou ter recebido do petista uma “herança bendita” e não reconheceu os erros de seu antecessor. Para Pestana, Dilma “foi pressionada pelo PT para fazer um desagravo a Lula”.

“Dilma não devia atender a essas pressões da máquina partidária do PT para fazer média com o público interno. Ela fala que Fernando Henrique está tentando reconstruir a história, mas ele ficará cada vez maior diante da história com o passar do tempo. Ele foi um estadista, mudou o país, não ficou buscando popularidade permanente sem fazer aquilo que o país precisava”, declarou.

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De acordo com o tucano, FHC é um grande estadista. “Ele falou boas verdades com o padrão de qualidade que lhe é peculiar. Temos um profundo orgulho do nosso líder maior, Fernando Henrique Cardoso.”

Na avaliação do deputado, o PT vive uma crise de formulação estratégica e ideológica. Segundo o parlamentar, a legenda está acuada. “Fernando Henrique é o maior pensador do Brasil dos nossos dias, a pessoa que tem a melhor leitura da realidade nacional. Isso cria um profundo ciúme. Cadê os intelectuais do partido? Tem muito tempo que eu não ouço falar neles. A formulação do PT é de uma pobreza absoluta, estão acuados pela pobreza de pensamento que hoje norteia a sigla”, afirmou.

Líder da Minoria na Câmara, Mendes Thame também reprovou a reação de Dilma. “Na realidade, a reação desproporcional da presidente da República mostrava a sua dificuldade em aceitar o contraditório”, resumiu.

O parlamentar leu trechos do artigo de FHC e questionou se havia alguma mentira nas palavras do ex-presidente. No texto publicado no último domingo (2), o tucano listou problemas como a crise moral, o mensalão, a falta de reformas institucionais, o aumento da carga tributária, as iniquidades na Previdência, a ineficiência dos investimentos públicos e os descaminhos da política energética. “Gostaria de rever, junto com os ilustres deputados, alguns pontos daquilo que foi dito por Fernando Henrique Cardoso, e saber se isso é verdade ou não, se há algum exagero, alguma coisa que não corresponda ao que realmente aconteceu”, disse.

Matéria atualizada às 20h07.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Elyvio Blower)

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5 setembro, 2012 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Pressões partidárias”

  1. jose mauricio fa silva disse:

    Estamos a poucos dias de uma eleição chamada de municipal porem movimenta mais as forças politicas locais que uma eleição chamada de nacional, os partidos de agrupam aleatoriamente sem muita interferencia dos seus diretorios nacionais, prefeitos, governadores e presidente temtam transferir votos com seus prestigios a candidatos sem cacife politico o que deixa qualquer critica ou mesmo uma constatação feita que envolva alguem que esta ou esteve no poder passivel de reações exageradas.

    Isto e nao podem deirar de comtrapor aos argumentos pois caso o fizessem as correntes partidarais internas dos partidos aos quais esses mandatarios estao filiados reagiriam mal ja que pensam em eleger seus candidatos.

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