Inimigos da economia


Para Mendes Thame, entraves ao crescimento do país atingem bolso do consumidor

As barreiras contra a produção, a alta taxa de impostos, o custo Brasil, a falta de investimentos e a ineficiência do governo são inimigos implacáveis do crescimento da economia do Brasil e do bem-estar do cidadão. Esse é o ponto de vista defendido pelo líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP),  na tribuna nesta quarta-feira (11).

Para o tucano, esses entraves são fortes instrumentos de concentração de renda, o que prejudica a renda do trabalhador. “A excessiva carga tributária, infraestrutura insuficiente, altos custos de financiamento, elevados preços da energia elétrica e burocracia asfixiante são entraves gigantescos que contribuem para a perda de competitividade da indústria nacional, leva ao baixo desempenho e torna os produtos brasileiros mais caros. Logo, atinge em cheio o bolso do consumidor, deteriorando a renda familiar”, apontou.

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Segundo o líder, o governo do PT não quer encarar os problemas e ainda estimula a concentração da carga tributária, como é o caso do preço da gasolina. “Cinquenta e três por cento do gasto com um litro do combustível são destinados para impostos, isto é, ao pagar na bomba R$ 2,84 por um litro de gasolina, estamos desembolsando R$ 1,50 somente de tributos. Isso é um absurdo”, afirmou.

De acordo com Mendes Thame, os impostos dos gêneros de primeira necessidade afetam principalmente os assalariados com menor renda. “A carga tributária brasileira, além de uma das mais altas do mundo, é especialmente cruel com as camadas menos privilegiadas da população. Os 10% mais pobres gastam 32% da renda para pagar impostos. Não é para menos, uma vez que os impostos que incidem sobre a cesta básica chegam a 35% do seu valor e beiram os 30% do preço dos remédios”, disse.

Mendes Thame criticou a avareza do governo, que arrecadou em 2011 R$ 969,907 bilhões em impostos federais e contribuições previdenciárias, mas não sabe reverter o dinheiro em benefícios à sociedade. Segundo o tucano, o governo Dilma, gasta, por ano, apenas 2% do PIB em infraestrutura, quando deveria destinar 4% a 6% para gerar desenvolvimento.

Os R$ 59 bilhões que deveriam ser destinados para investimentos públicos estão estacionados nos cofres do governo. O parlamentar diz ainda que a falta de recursos públicos nos transportes gera perdas de US$ 80 bilhões. Mendes Thame destacou outro entrave: o preço da energia elétrica. Enquanto a tarifa média para a indústria era de R$ 329 por megawatt/h (MWh), o custo médio internacional ficava em R$ 215,50. Já Rússia, Índia e China pagam em média R$ 140,70 pela energia industrial. Uma diferença de tarifa que supera os 130%.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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12 julho, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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