Só na propaganda


Líder do PSDB condena baixa execução de verbas para combater efeitos de seca e enchentes

O líder tucano na Câmara, Bruno Araújo (PE), criticou a baixa execução orçamentária das medidas provisórias 566, 569 e 572, editadas entre 24 de abril e 5 de junho, que liberam créditos extraordinários no valor total de R$ 1,7 bilhão para combater os efeitos da seca e de enchentes. Na avaliação do parlamentar, falta compromisso do governo federal com a população do Nordeste.

“As ações do governo para atenuar os dramas da maior seca dos últimos 50 anos não têm passado de retórica ou de propaganda. Os números são incontestes. Falta compromisso com os recursos que atendem a região Nordeste”, afirmou nesta quarta-feira (11), durante pronunciamento.

A MP 566/12 destina R$ 706,4 milhões aos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional. Há 78 dias em vigor, foram pagos R$ 30,9 milhões, ou seja, 4,4% do total.

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Dos R$ 688,5 milhões disponíveis para os ministérios da Defesa, da Integração Nacional e de Combate à Fome por meio da MP 569/12, apenas R$ 136,9 milhões foram utilizados, o equivalente a 19,9%. A medida vigora há 58 dias.

Já a MP 572/12, editada há 36 dias, dispõe de R$ 381,3 milhões para ações no Ministério da Defesa. Desse valor, nenhum real foi gasto. O levantamento foi feito pela Assessoria de Orçamento do PSDB com base em dados do Siafi.

Araújo condenou a aplicação dos valores pela presidente Dilma Rousseff. Para ele, a utilização do dinheiro é “inexpressiva, irrelevante e vergonhosa”. “A presidente tem por força de lei créditos extraordinários relevantes, urgentes para casos de calamidade, com a concordância do Congresso inteiro. Por que não libera o dinheiro, que é absolutamente urgente?”, questionou.

A execução dos recursos tem sido publicada diariamente no portal PSDB na Câmara.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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11 julho, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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