Interferência indevida

Postura do Brasil com o Paraguai é mais um equívoco brutal da diplomacia petista, diz Jutahy

O Brasil, por intermédio da diplomacia iniciada no governo Lula e continuada por Dilma, mais uma vez comete um “equívoco brutal” em relação às questões políticas envolvendo países vizinhos. Foi desta forma que o deputado Jutahy Junior (BA) classificou, da tribuna, a postura do Itamaraty quanto ao impeachment de Fernando Lugo no Paraguai e a posse de Federico Franco. Entre as medidas defendidas pela gestão petista, está a suspensão daquele país do Mercosul.

“O Brasil está fazendo algo extremamente errado, ao mesmo tempo que tenta interferir no processo paraguaio, legítimo e democrático como foi. Cuba e Venezuela dizem que o processo democrático não aconteceu no Paraguai. Prefiro o processo legislativo de lá a essas duas ditaduras que estão desejando sanção à nação vizinha”, reprovou.

O parlamentar do PSDB destacou a legalidade e a constitucionalidade da posse de Federico Franco e desejou sucesso e paz ao povo do Paraguai. Para o tucano, cabe ao novo chefe do Executivo exercer o seu mandato, convocando, dentro da legalidade, eleições para o substituir.

Jutahy Junior lembrou a tradição do Itamaraty de respeitar a autodeterminação dos povos e de considerar os vizinhos da América do Sul “parceiros essenciais”. “Estamos preocupados com que a política externa brasileira, que, desde o histórico do Barão do Rio Branco sempre foi profissionalizada e competente, vá para o caminho da politização desnecessária e equivocada”, completou o tucano.

Na avaliação do deputado, ao tentar interferir na política paraguaia, o Brasil gera instabilidade no país vizinho. “A Constituição foi respeitada no Paraguai. E temos que manter a nossa Constituição, dar autonomia a quem manda defender a soberania, como do povo paraguaio e, ao mesmo tempo, a nossa soberania. Não podemos aceitar que o Uruguai, a Argentina, o Equador, a Venezuela e Cuba ditem qual deve ser a nossa política externa. Temos, sim, que defender soluções pacíficas, democráticas, com autodeterminação dos nossos vizinhos”, concluiu o tucano.

(Da redação/ Beto Oliveira – Ag. Câmara)

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