Proteção das águas


Duarte destaca importância do desenvolvimento de submarino com tecnologia nuclear

A comissão especial sobre a criação da empresa pública Amazônia Azul Tecnologias e Defesa S.A. realizou audiência pública nesta quarta-feira (23) a pedido do deputado Duarte Nogueira (SP) para discutir o projeto de lei que cria a companhia (PL 3538/12). Para o tucano, a reunião foi esclarecedora e tirou as dúvidas sobre a produção de energia nuclear para construção de submarinos para a Marinha brasileira. Esse é um dos principais objetivos da nova estatal, vinculada ao Ministério da Defesa, para desenvolver o setor nuclear brasileiro. A Amazul é originária da divisão da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).

“Esse é um tema de extrema importância estratégica para o nosso país”, destacou o tucano. Durante o debate, o parlamentar disse que havia especulações sobre possível uso indevido de tecnologia nuclear quando o governo anunciou que construiria os submarinos. “Isso foi devidamente esclarecido, e com o advento da descoberta do pré-sal se tornou mais importante ainda o desenvolvimento da tecnologia desses submarinos”, disse. Segundo o deputado, os equipamentos servirão para proteger as águas oceânicas brasileiras e as plataformas de petróleo, assim como os trabalhadores das mesmas.

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Para Duarte, a criação da empresa, que se dará pelo desmembramento de outra já existente, será importante, pois poderá colocar o Brasil entre as poucas nações que podem operar a tecnologia nuclear. “E poder fazer isso no sentido de manter a paz e usar o desenvolvimento tecnológico para o desenvolvimento de outras tecnologias no campo da medicina, da saúde, da construção de fontes limpas de energia para o crescimento do país”, explicou.

Participaram do debate o diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, vice-almirante Carlos Passos Bezerril, e o diretor administrativo e financeiro da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), contra-almirante Walter Lucas da Silva. O quadro de pessoal da Amazul será composto por empregados da Emgepron vinculados ao Programa Nucelar da Marinha (PNM) e transferidos para nova empresa, nos cargos para os quais fizeram concurso público; profissionais captados no mercado de trabalho, submetidos ao regime celetista, cujo ingresso se dará, obrigatoriamente, por meio de aprovação prévia em concurso público; e militares da Marinha e servidores públicos civis postos à sua disposição.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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23 maio, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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