Economia

Kaefer quer mais rapidez na exploração do pré-sal pela Petrobras 

A necessidade de a exploração de petróleo na camada do pré-sal da plataforma continental brasileira ser acelerada foi defendida nesta quarta-feira (23) pelo deputado Alfredo Kaefer (PR) durante os debates no segundo dia do seminário “Desafios da Indústria Brasileira Frente à Competitividade Internacional”. O evento foi promovido conjuntamente por quatro comissões permanentes da Câmara e teve o apoio da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional e da Fundação Milton Campos para Pesquisas e Estudos Políticos.

“Caso a Petrobras – responsável pela exploração de petróleo na camada do pré-sal, depois da mudança da legislação sobre o assunto e da concentração das iniciativas na estatal – não acelerar seus investimento e trabalho nesse sentido, haverá uma perda do valor do petróleo e de suas reservas no pré-sal, a exemplo do que ocorreu com o cobre no Chile”, alertou.

Kaefer coordenou um dos painéis e disse que as mudanças em curso nas matrizes energéticas de países em diversas regiões e em fases diferentes de desenvolvimento tendem a reduzir a importância do petróleo e dos seus derivados devido às suas substituições por fontes diferentes e menos poluentes de energia e de combustíveis.

Além disso, o deputado concordou com participantes do seminário sobre a importância do uso dos royaties resultantes da exploração do pré-sal em Educação, Ciência e Tecnologia e em outros setores prioritários. “Sem uma mudança no atual modelo brasileiro de educação será difícil aos produtos e serviços brasileiros competirem com os de outros países, além, evidentemente, da necessidade da definição de políticas macroeconômica e industrial consistentes”, afirmou Kaefer, que completou:

“É impossível para o Brasil ser competitivo frente a outros países emergentes e desenvolvidos sem uma política industrial de médio e longo prazo que seja precedida de decisões relativas ao câmbio, tributo e juros capazes de garantir maior competitividade aos produtos e serviços brasileiros. Lembro que, em 1989, a China com dificuldades de matérias-primas e outras tinha um Produto Interno Bruto menor do que o do Brasil. Agora, dificilmente, O PIB chinês será novamente superado pelo brasileiro.”

(Da assessoria do deputado/ Foto Leonardo Prado – Ag. Câmara)