Bolsas de estudo
Tucanos questionam titular da Ciência e Tecnologia sobre falta de pagamento em programa de bolsas
Durante audiência pública nesta quarta-feira (25) com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, deputados do PSDB debateram ações ligadas à pasta. Eduardo Azeredo (MG) e Antonio Imbassahy (BA) questionaram o titular a respeito do programa Ciência sem Fronteiras, que tem atrasado o repasse do dinheiro para bolsistas no exterior. A audiência foi conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia e Relações Exteriores.
Os tucanos demonstraram preocupação com o funcionamento do projeto e cobraram efetividade. Para Azeredo, presidente do colegiado, há necessidade de atualização dos valores das bolsas de estudo. “As bolsas estão com valores congelados há quatro anos. E isso, com a inflação que ainda permanece, faz com que as dificuldades aumentem para os estudantes”, afirmou. “É uma iniciativa importante, mas queremos que ela aconteça e não fique como outras do governo: só na propaganda”, completou.
baixe aqui“Quais as regras e prazo o programa prevê para o pagamento de bolsa? Quais os motivos que levaram o governo a não fazer o depósito? O que o Planalto está fazendo para sanar esse problema?”, questionou Imbassahy. “O programa anuncia 75 mil bolsistas. Mas o ministro disse que apenas 3.700 estão efetivamente em atuação. O número é muito baixo, inferior a 5% do que seria a expectativa. O programa é excelente, mas vemos uma baixa performance”, lamentou.
Azeredo demonstrou preocupação com os recursos, já que o Executivo federal reduziu o orçamento do ministério. “Já aprovamos na comissão o projeto sobre a utilização do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) e o governo não usou esse dinheiro até hoje. Poderia ser um recurso adicional para o ministério, que está parado no Tesouro. São mais de R$ 11 bilhões arrecadados pelo Fundo”, disse.
Outro tema debatido foi a aplicação de verbas do pré-sal em pesquisa, ciência e tecnologia. Para o deputado Emanuel Fernandes (SP), é preciso um programa permanente de desenvolvimento científico e tecnológico para que o país avance. “Se houver aporte de recursos do pré-sal em nível substancial, vamos melhorar muito o desenvolvimento científico tecnológico do Brasil”, apontou.
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)
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