Partido de posição


Em entrevista à Rede Vida, líder destaca atuação da bancada tucana na Câmara

O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), foi o convidado do programa “Frente a Frente” da Rede Vida na última sexta-feira (16). O tucano debateu o cenário político atual, a agenda de votações em 2012 e a negociação de alianças para as eleições municipais. Fortalecer o partido como uma legenda, não só de oposição, mas de posições definidas, é um dos objetivos dos parlamentares do partido neste ano, conforme reforçou o deputado durante a entrevista.

“Mais do que ser um partido de oposição, hoje nos colocamos como um partido de posição. E posição clara sobre todas as questões temáticas que interessam ao eleitor. O Brasil quer saber qual é o projeto do PSDB para o Brasil e, ao longo deste ano, vamos mostrar isso, levantando pontos novos”, destacou.

A atuação da bancada na Câmara foi destacada por Araújo. De acordo com o deputado, os grandes enfrentamentos da oposição com o governo têm sido feitos na Casa. Ele citou como exemplo a tentativa de recriação da CPMF, combatida duramente pelos tucanos. “E neste ano estamos dando o máximo de destaque a cada parlamentar, buscando ressaltar as qualidades de cada um para que cumpram sua missão no Parlamento. Temos deputados fantásticos em áreas como saúde, educação e várias outras e estamos buscando privilegiar isso”, disse.

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Araújo lamentou a demora na aprovação do novo Código Florestal e culpou o governo por tentar impor sua vontade em relação à matéria. Quando questionado sobre a questão dos royalties do pré-sal, o tucano afirmou que não há condições de qualquer legenda defender uma posição única por se tratar de algo regional. Ainda assim, a bancada tucana tem buscado encontrar a melhor solução para a questão.

O líder também comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de fazer com que o Congresso cumpra a Constituição e instale comissões especiais para analisar medidas provisórias (MPs). “Esperamos que os presidentes da Câmara e do Senado façam valer a decisão, instale as comissões e, a partir de agora, vote as MPs sob esse modelo, que é o correto”, destacou.

Em sua avaliação, em breve o Supremo deve tomar atitude semelhante em relação aos vetos presidenciais, que deveriam ser avaliados pelos parlamentares em no máximo 30 dias, o que não tem ocorrido. “O processo legislativo só se encerra quando se aprecia o veto. Na democracia, a última palavra não é do presidente, mas sim do Congresso”, afirmou. Segundo ele, cerca de mil vetos nunca foram avaliados.

Bruno Araújo voltou a falar sobre o tempo perdido pela gestão petista com críticas ao modelo de privatizações adotado por Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, o PT deixou que quase 10 anos de possíveis investimentos no país fossem “jogados fora” ao rejeitar os leilões.

Na opinião do tucano, o PSDB terá, ao longo deste ano, mais espaço para mostrar à população suas ideias e propostas. A busca de alianças para as eleições municipais e o trabalho do partido para conquistas novos espaços ajudará nesse sentido. Além disso, o tucano acredita que o momento econômico não tão positivo deixa em evidência outros problemas brasileiros que poderão ser destacados pela legenda.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Beto Oliveira/Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)

 

 

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19 março, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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