Segurança enfraquecida


Deputada pede investigação sobre fim do plano nacional de UPPs e cobra explicações de ministro

A deputada Andreia Zito (RJ) pediu oficialmente ao Ministério Público Federal que investigue o engavetamento do plano nacional de UPPs – promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff que previa a instalação de 2.883 unidades de polícia pacificadora no país. A tucana também quer que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vá à Comissão de Segurança Pública da Câmara dar explicações. “Segundo dados do Siafi, o Sistema Integrado de Administração Financeira, em 2011 foram previstos no Orçamento da União R$ 350 milhões e, neste ano, mais R$ 188,5 milhões para implantação de Postos de Polícia Comunitária Nacional. No entanto, até o momento a execução foi de absolutamente zero”, alerta.

Como deputada federal pelo Rio de Janeiro, Andreia Zito reconhece “o excelente trabalho que vem sendo feito em diversas áreas da capital com a pacificação de comunidades e a instalação de UPPs”. Apesar do sucesso da medida, que serve de modelo para outros estados, a parlamentar lembra que ainda existem muitas localidades que não foram contempladas, como o município de Duque de Caxias.

“Fazer promessas de campanha em uma área tão importante para todos nós, como é a da segurança pública, mexe com o que há de mais valioso nas pessoas, que é a esperança. Não contesto a aplicação de recursos nas áreas de combate ao crack e de vigilância das fronteiras, como o Ministério da Justiça anunciou. No entanto, a violência tem que ser encarada como uma questão de segurança nacional e de responsabilidade do Estado”, argumenta a parlamentar do PSDB.

De acordo com a tucana, os estados não possuem recursos para enfrentar este grave problema sozinhos e, por isso, a União precisa fazer a sua parte. Andreia Zito cita declarações do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. De acordo o magistrado, “é preciso que a União assuma, de uma vez por todas, seu natural papel de liderança federativa, expurgando as improvisações que, nos casos ligados à violência, além de inadmissíveis, se mostram tão paliativas quanto improducentes”.

(Da assessoria da deputada, com alterações/ Foto: Agência Câmara)

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19 março, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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