Investimento pífio

Gomes de Matos exige mais recursos federais para Programa Antártico Brasileiro

O deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) cobrou mais recursos para o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) em discurso nesta quinta-feira (8). O tucano destacou o incêndio na Estação Comandante Ferraz, base brasileira no continente gelado, que matou dois militares e destruiu 70% das instalações no final de fevereiro. O governo publicou hoje no Diário Oficial da União uma medida provisória que libera crédito extraordinário de R$ 40 milhões para reconstruir a estação. Mas, de acordo com o tucano, esse valor deixou de ser investido no programa nos últimos 10 anos.

“Esse dinheiro é para recuperar aqueles 40 milhões que foram contingenciados. Precisamos unir forças suprapartidárias para alocar mais recursos para o Proantar, como também para aqueles ministérios que têm trabalhos afins, como o de Ciência e Tecnologia, do Turismo e das Relações Exteriores, para que possamos ocupar o espaço e realizar as pesquisas prejudicadas em virtude do acidente”, afirmou.

Novo presidente da Comissão da Agricultura da Câmara, Gomes de Matos destacou também a importância do agronegócio para o PIB brasileiro – conjunto de riquezas do país. O tucano convocou os líderes dos partidos que compõem o colegiado para uma reunião na próxima terça-feira (13) para elaborar uma agenda proativa em 2012. “Há necessidade de vencermos alguns gargalos da infraestrutura nacional como portos, aeroportos e estradas, que dificultam a produção agrícola e a exportação desse material”, explicou.

O parlamentar voltou a defender um PAC para o segmento. De acordo com ele, também é preciso debater uma política nacional de médio e longo prazo para a área. “Por que não existe o PAC nesse setor? Mesmo o PAC não tendo um grande desempenho, teríamos recursos assegurados para fortalecer a agricultura nos estados e municípios”, avaliou.

Verba reduzida

→ Segundo o jornal “O Globo”, o orçamento do programa na Antártida foi reduzido em 2011. Dos R$ 18,3 milhões destinados à ação, apenas R$ 9,2 milhões foram pagos no ano passado.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Luiz Alves/Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)