Crescimento pífio


Para líder do PSDB na Câmara, a culpa do PIB baixo é do próprio governo

Para o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), o governo é o principal responsável pelo pífio crescimento do PIB no ano passado, ao contrário do que afirma a presidente Dilma Rousseff, de que a culpa é dos países desenvolvidos. Segundo o tucano, no passado a petista afirmava que a crise não atingiria o Brasil e, agora, o discurso mudou.

“É mais fácil colocar a culpa nos outros. O PIB é mais uma prova de que os governos petistas não fizeram a lição de casa. O governo deveria administrar o país de olho nos indicadores da economia, que não estão nada bem, em vez de se orientar apenas pelas pesquisas de popularidade”, afirmou.

De acordo com Araújo, as reformas estruturais foram abandonadas, a carga tributária está nas alturas e os investimentos são baixos porque o governo gasta muito e mal. “Nesses dez últimos anos pouco ou nada se fez para conquistar condições estruturais de competitividade, com um sistema tributário simplificado, infraestrutura econômica e social moderna, sistema educacional de qualidade, sistema de inovação tecnológica dinâmico”.

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Segundo o tucano, o Brasil não pode cobrar rigidez fiscal dos países desenvolvidos, já que sua política nesta área é frouxa. “Até agora o governo não deu nenhum sinal de que pretende reduzir o número de ministérios. Os gastos públicos são altíssimos e não vemos melhora na prestação de serviços à sociedade. Gastando mal, sobra pouco para investir”, disse.

Em plenário, o líder da Minoria, deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), destacou o desequilíbrio entre exportações e importações. As vendas do país cresceram somente a metade do aumento das compras. “O processo de desindustrialização caminha pesado, anda fortemente destruindo empregos e renda. Esse processo precisa ser imediatamente parado por medidas concretas e consistentes do governo”, completou. Ele alerta para a necessidade de ações que melhorem o desempenho do parque industrial.

No mês passado, Araújo protocolou proposta endereçada à presidente Dilma de reengenharia da administração direta federal, baseada no enxugamento de 38 para 31 estruturas ministeriais, na redução de 20% das despesas de custeio e de, no mínimo, 20% do número de cargos em comissão do grupo DAS (Direção e Assessoramento Superiores). Essas medidas produziriam uma economia de, no mínimo, R$ 3,4 bilhões por ano.

(Da assessoria do PSDB na Câmara/ Foto: Saulo Cruz/Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

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6 março, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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