Enriquecimento suspeito

Francischini pedirá prisão preventiva de governador do DF

O deputado Fernando Francischini (PR) entrará com representação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, nesta terça-feira (13), às 11h. O tucano pede a prisão preventiva de Agnelo e Ailton Carvalho de Queiroz, irmão mais novo do governador, assim como a quebra de sigilo bancário e fiscal da família. Ele solicita ainda a liberação dos dados do casal Glauco e Juliana Alves e Santos.

No pedido, o tucano sugere a prisão do ex-vigilante Ailton por ter ameaçado o jornalista Cláudio Dantas, responsável pela denúncia da revista “Isto É”.  A publicação revela que imóveis, fazenda, restaurantes e locadora engordaram o patrimônio da família de Agnelo em mais de R$ 10 milhões. A PF investiga mãe, irmãos e um sobrinho do petista por acumularam o montante em apenas três anos.

Para Francischini, a reportagem apresentou provas contundentes. “Cópias de escrituras e de documentos que comprovam o patrimônio totalmente ilícito ligado a alguém que comandou o Ministério do Esporte e uma das diretorias mais importantes da Anvisa. A questão merece uma apuração rigorosa do STJ”, disse.

O deputado espera que Agnelo seja punido também com a perda do  mandato. “Ele deve ter o mesmo tratamento dado em casos anteriores, como ao ex-governador José Roberto Arruda. Por isso, estamos propondo que ele peça a prisão preventiva”, afirmou.

O tucano destaca que o irmão do político tenta obstruir as investigações sobre o enriquecimento da família.  Levantamento da PF indica que os parentes do petista não têm fonte de renda para justificar negócios que incluem a compra de quatro franquias de restaurantes famosos de fast-food e de uma grande confeitaria de Brasília, além de carros de luxo e uma fazenda de gado em Goiás.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Brizza Cavalcante/Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)