Problema oficial


Escândalos da administração petista jogam Brasil para 73º lugar em ranking da corrupção

Está sendo vergonhoso assistir, ao longo dos últimos anos, a corrupção tomar conta dos órgãos de governo, na avaliação dos deputados Carlos Alberto Leréia (GO) e Eduardo Azeredo (MG). Eles se referem aos dados divulgados pela ONG Transparência Internacional. A pesquisa revela que, de 0 a 10, o Brasil tem nota 3,7 na escala de percepção da corrupção. O país caiu quatro posições e ocupa o 73º lugar na lista com 183 nações.

Para Leréia, as irregularidades tomaram outra dimensão desde que o PT assumiu o Palácio do Planalto. “O problema passou a ser quase que oficial. É lamentável o envolvimento de pessoas que ocupam os postos mais relevantes da República. Neste ano, já assistimos as quedas de cinco ministros por corrupção e tem mais dois ainda na berlinda”, frisou.

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Segundo o tucano, o PT dá um péssimo exemplo ao banalizar as fraudes. Ele destaca que as sequelas serão enormes diante da proporção dos desfalques de recursos públicos. “O PT, que sempre pregou o combate à corrupção, ao exercer o poder, age completamente diferente. São coniventes e são partícipes”, concluiu.

Já Azeredo acredita que a avalanche de escândalos é consequência dos desmandos e da falta de controle, que começou com Lula. “A presidente tem um governo desorganizado, no qual ela mesma não confia. Isso tudo faz com que os controles sejam frágeis e tenhamos uma perda de competitividade, uma imagem arranhada”, afirmou. O parlamentar condena o excesso de ministérios da administração atual.

Dados de 2010 do Banco Mundial divulgados pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) mostram que o Brasil ocupa o 69º lugar no ranking mundial da transparência. Os estudos revelam que no país são desviados R$ 69 bilhões por ano, o que daria para gerar 47% a mais de vagas no ensino fundamental, ou seja, mais 17 milhões de estudantes estariam frequentando as salas de aula. Os leitos em hospitais públicos poderiam ser ampliados, passando de 397 para 694 mil.

Dinheiro pelo ralo

Com o dinheiro que escoa pelo ralo, daria para aumentar em 74% o número de moradias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Poderiam ser construídas 2,9 milhões de casas populares ou atender 103% a mais dos domicílios com água e esgoto, ou seja, 23,3 milhões de residências. O valor seria suficiente para construir 277 aeroportos, 184 portos e 13.230 mil quilômetros de ferrovias.

(Reportagem: Artur Filho/ Fotos: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

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1 dezembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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