Problema ambiental


Francischini propõe maior discussão sobre o uso de sacolas plásticas no comércio

Em audiência proposta pelo deputado Fernando Francischini (PR) na Comissão de Segurança Pública, especialistas constataram que o Brasil não possui tecnologia suficiente para produzir sacolas de materiais biodegradáveis para substituir os sacos plásticos, responsáveis por imensuráveis danos ao meio ambiente. O tucano anunciou que vai solicitar nova reunião para ouvir representantes da indústria do plástico e, posteriormente, discutir com outros deputados a elaboração de uma lei que trate do tema. A falta de legislação específica também é um dos gargalos do setor.

Francischini explica que é necessário elaborar um projeto de lei que corrobore com a proteção aos recursos naturais sem prejudicar a produção e os empregos. “O caminho é o incentivo fiscal, com a diminuição de impostos para as empresas e instituições que trabalharem de maneira positiva do ponto de vista socioambiental para o país”, disse. O deputado afirma que assim será possível tornar os produtos iguais, em valores, e reduzir a poluição.

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“O impacto das sacolas é devastador para a natureza. O governo não tem fiscalizado nem incentivado a indústria de produtos alternativos”, lamentou. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, explica que a mudança ainda tem resistência por parte dos comerciantes e consumidores devido ao custo das embalagens reutilizáveis.

Em São Paulo, a gestão tucana de Geraldo Alckmin assinou termo de compromisso com a Abras para proibir a distribuição gratuita de sacolas até 1º de janeiro de 2012. A entidade tem como meta reduzir o consumo do material em estabelecimentos comerciais de 30% a 40% até 2015.

Tecnologias

O diretor da Limagrain Céréales Ingrédients, Claude Gagnol, destacou que durante 15 anos a empresa desenvolveu tecnologias na França para que o descarte do material causasse menor impacto ambiental. Ele defende o uso do aterro sanitário, da incineração e da substituição da embalagem plástica.

Também participaram do encontro o diretor internacional da Biolice, David Pearson, e o diretor da GrainSolutions, José Gustavo Palma Napolitano. Além deles, o chefe da divisão de Metrologia química do Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial, Valnei Smarçaro da Cunha, e o diretor da Limagrain Guerra do Brasil, Ricardo Guerra.

Em Santa Catarina, 15 municípios se prontificaram voluntariamente a substituir embalagens plásticas por reutilizáveis.

(Reportagem: Laize Andrade e Djan Moreno/ Foto: Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

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23 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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