Desperdício de dinheiro


Vulnerabilidade em sistema do Dnit mostra incapacidade gerencial do governo, diz Rodrigo de Castro

A falta de controle, o desperdício de dinheiro público e a ausência de um sistema eficaz de acompanhamento e monitoramento mostram a dificuldade do governo Dilma em administrar áreas estratégicas para o Brasil, como a infraestrutura. Essa é a avaliação do secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG). A crítica foi motivada por denúncia do “Valor Econômico”. Segundo o jornal, o principal programa de computação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), usado para gerenciar R$ 25 bilhões em contratos, apresenta graves falhas.

Conforme constatou auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), 52 ex-funcionários ainda estavam com perfis ativos na ferramenta, com liberdade para realizar qualquer tipo de operação. Um chegou a fazer lançamentos e aprovou medições e pagamentos. O mesmo problema é verificado com ex-terceirizados.

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Para Castro, a situação revela a falta de gestão do atual governo. “Mostra mais uma vez uma grave falha. Nem o básico ela está conseguindo: cuidar bem do país. A faxina ética não vai para frente. E o cenário demonstra apenas o descontrole do PT em botar ordem na casa”, avaliou.

A gestão petista, segundo ele, não adota medidas para evitar os entraves. “Prefere varrer a sujeira para debaixo do tapete. É preciso colocar em prática a faxina ética. E PT tem que administrar bem a máquina, coisa que não fez nos últimos anos.” O deputado lembra que o país enfrenta apagão nas estradas diante da corrupção no Dnit. Os estados deveriam gerenciar as rodovias, já que a esfera federal não toma iniciativa para recuperá-las.

O “Valor Econômico” informa que o sistema de software do Dnit não está limitado a um pequeno grupo. O TCU apontou erros de segregação de funções em 453 perfis de um total de 1.163 usuários ativos. Ou seja, 39% têm acesso indevido. Existem situações críticas, como de 137 usuários que, embora não devessem, podem aprovar processos de pagamento. O sistema é tão frágil que até servidor aposentado pode ter acesso.

(Reportagem: Artur Filho / Foto: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)

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1 novembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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