Situação precária


Sem investimento, rodovias federais estão à beira da falência, criticam parlamentares

Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes comprova a precariedade das estradas brasileiras, como já alertou a oposição. Segundo o levantamento CNT de Rodovias 2011, 57,4% da extensão da malha rodoviária são considerados regular, ruim ou péssimo. Além disso, o número de pontos críticos dobrou em relação ao ano passado. Para os deputados Alberto Mourão (SP) e Carlos Roberto (SP), o cenário ocorre por causa da falta de investimento.

Mourão afirma que o governo petista não prioriza a infraestrutura. “A gente precisava de um aporte maciço, mas as rodovias não estão preparadas para novas tecnologias. As nossas vias são das décadas de 50 e 60”, disse. “Precisamos de ação forte, sob pena de termos paralisação do setor produtivo. Estamos em rota de falência do sistema.”

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Conforme estudo do setor, para que as estradas do país apresentem boas condições, são necessários R$ 200 bilhões. Sem a aplicação, a tendência é que elas fiquem cada vez mais precárias. Nos últimos quatro anos, o governo empenhou R$ 17 bilhões e gastou apenas R$ 4 bilhões, segundo Mourão.

Para Carlos Roberto, a falta de investimento atrasa e atrapalha o desenvolvimento do Brasil. “A União faz pouco caso. A infraestrutura é calamitosa: as estradas, os portos, aeroportos, rodoviária. Vejo aí um problema muito sério para o nosso país”, avaliou.

Individualmente, a pesquisa atribuiu os seguintes conceitos em relação à condição geral: ótimo (12,6%), bom (30%), regular (30,5%), ruim (18,1%), péssimo (8,8%). Foram avaliados 92.747 km, o que representa 100% da malha federal asfaltada. A região sudeste é a que apresenta as melhores condições, seguida das regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

(Reportagem: Artur Filho / Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / Áudio: Elyvio Blower)

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28 outubro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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