Fatos comprovam escândalo


Ausência de delator do esquema em audiência na Câmara não enfraquece acusações

Os deputados Vanderlei Macris (SP) e Fernando Francischini (PR) reafirmaram a necessidade de apurar as irregularidades que pesam contra o Ministério do Esporte, apesar de o delator do esquema, João Dias Ferreira, ter faltado a audiência na Câmara marcada para esta quarta-feira (26). Para os tucanos, ao contrário da avaliação de integrantes do PCdoB, partido do titular da pasta, Orlando Silva, o não comparecimento do policial militar não enfraquece as denúncias.

Na opinião de Macris, o programa Segundo Tempo está contaminado por suspeitas de fraudes. Ele acredita que o caso precisa de investigação profunda. “A ação foi utilizada com finalidades eleitorais e criminosas. É importante que a sociedade tenha esse escândalo de corrupção devidamente esclarecido”, disse.

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Francischini ressaltou a importância de elucidar os desmandos no Esporte. “Tem desvio e irregularidades, casos apontados não só pelo delator. Precisamos de resposta a tudo que está sendo denunciado pela mídia”, alertou. O parlamentar lembrou que as denúncias na pasta podem por em risco a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

João Dias enviou carta à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle recusando o convite. Segundo ele afirmou, a possível demissão de Orlando Silva, conforme noticia a imprensa, justificava a ausência. No documento, o policial afirma que entregou provas suficientes às autoridades e colocou-se à disposição para elucidar o episódio.

Conforme os tucanos, ele precisa prestar contas ao Judiciário. Os deputados ressaltaram que Dias possui elevado patrimônio. “O denunciante merece ser investigado”, resumiu Macris. “Ele é um bandido, está envolvido no crime, a gente iria ouvir praticamente um delator premiado. Era óbvio que ele não ia aparecer na reunião dessa comissão”, completou Francischini.

“Bandido” e “criminoso” – Orlando Silva enviou pessoalmente e assinou de próprio punho, em 2006, dois ofícios ao hoje delator do esquema de corrupção, liberando material esportivo para a ONG dele que até então tocava o Programa Segundo Tempo no Distrito Federal. A notícia, publicada nesta quarta-feira (26) pela “Agência Estado”, desmente o discurso do comunista, que disse não ter contato com o PM.

“É com grande satisfação que autorizo o encaminhamento à Vossa Senhoria de materiais esportivos confeccionados em penitenciárias brasileiras e em comunidades reconhecidamente carentes”, disse o titular da pasta em 30 de outubro de 2006. Após o escândalo vir à tona, Silva chamou João Dias de “bandido” e “criminoso”. Clique aqui e veja o documento.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Leonardo Prado /Áudio: Elyvio Blower)

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26 outubro, 2011 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Fatos comprovam escândalo”

  1. Suely Aparecida Naime disse:

    Bom, nos Estados Unidos a Justiça aceita que Bandidos sejam delatores premiados. Só assim a Justiça pode fazer Justiça para pegar o CABEÇA! O Problema dos Cabeças no Brasil é que para se pegar os Cabeças, teríamos que pegar todos os que fazem parte de um Grupo, porque não adianta só demitir um sujeito, o partido inteiro se beneficiou do que o sujeito desviou por mando e comando do partido! Se a Justiça quiser mesmo fazer justiça para o POVO BRASILEIRO, tem que fazer uma devassa em todos os denunciados e seus partidos, porque com certeza a sangria não vai parar só com a demissão de tal sujeito. Ao se demitir o sujeito, ele na verdade é somente o Rabo e a CABEÇA? O mais sabemos no Brasil das dificuldades de se fazer Justiça, é justamente nunca conseguirmos chegar no CABEÇA, ficamos sempre cortando um pedaço do rabo da lagartixa que se regenera rapidinho! E este exemplo no Brasil que mantém a população imitando os verdadeiros ladrões do país! Somos um povo que imita os Grandes Exemplos e não somos a tal ponto evoluídos para transformarmos os nossos Exemplos em Exemplos para serem seguidos!

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