Discurso infundado


Ao rebater petista, Abi-Ackel alerta que corrupção trava votação de reformas

Assim como realizou as principais ações de fortalecimento da economia, a oposição defende reformas estruturantes, como a política, tributária e previdenciária. A dificuldade é vencer a corrupção instalada na Esplanada, que tomou conta da pauta de discussão, destaca o líder da Minoria na Câmara, Paulo Abi-Ackel (MG). Em dez meses de mandato, o governo Dilma Rousseff ficou paralisado, dedicado à administração de crises políticas.

“Gostaríamos de discutir os grandes temas, mas não conseguimos fazer valer nossas prerrogativas porque estamos sendo literalmente surpreendidos com toda sorte de denúncias que brotam dentro do governo”, apontou. Segundo ele, projetos de interesse da sociedade ficaram parados por falta de agenda, ocupada pelos casos de desvio de recurso público.

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Abi-Ackel rebateu o líder petista, deputado Paulo Teixeira (SP), que fez acusações infundadas contra a oposição. “O discurso não encontra guarida na verdade, nem tão pouco naquilo que estamos assistindo”, disse em plenário o parlamentar por Minas Gerais.

A declaração foi rebatida ainda pelo líder tucano na Câmara, Duarte Nogueira (SP). Ele recordou que a bancada posicionou-se favorável – assim como encampou a luta pela aprovação – ao fim do sigilo no Congresso. “Em 2006, o PSDB e outros partidos votaram a favor do primeiro turno da PEC”, disse. Como recordou, a bancada inteira votou ainda pela Lei da Ficha Limpa. “Novamente não entendi a fala.”

“A culpa é do Executivo e do sistema de divisão de feudos e capitanias, cada qual para um partido, para um sistema, para um grupo, fazendo com que, infelizmente, o sistema fique absolutamente apodrecido, como estamos vendo ultimamente”, reprovou Abi-Ackel.

Enquanto o PT age com inverdades, as denúncias de corrupção aparecem a cada dia. O deputado recorda o escândalo que tomou conta do Ministério do Esporte. O titular da pasta, Orlando Silva, é acusado de participar de esquema de cobrança de propina de organizações não governamentais (ONGs) de convênios do programa “Segundo Tempo”.

“Não levantamos qualquer tipo de suspeita. Foram os funcionários internos do ministério que colocaram sobre ele (Silva) a mancha negra da suspeita da corrupção”, conclui. Como consequência, o Brasil corre risco de passar um vexame na realização da Copa do Mundo de 2014.

(Da redação / Foto: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)

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25 outubro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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