Limpeza de fachada


Presidente Dilma ilude brasileiro ao prometer faxina inexistente, dizem parlamentares

A presidente Dilma precisa desmontar o esquema de corrupção instalado na Esplanada, que derrubou quatro ministros por suspeita de irregularidade – Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo). A avaliação é dos deputados Luiz Fernando Machado (SP), Márcio Bittar (AC) e Raimundo Gomes de Matos (CE), insatisfeitos com nova rodada de denúncias.

Orlando Silva, responsável pelo Ministério do Esporte, está no centro dos escândalos. De acordo com a imprensa, ele teria participado de fraude em convênios da pasta. Nesta segunda-feira (24), a “Folha de S.Paulo” revelou que o pastor David Castro foi pressionado a passar 10% do valor recebido por contrato de R$ 1,2 milhão firmado com o órgão. Para o religioso, “veio um monte de urubu comer o filezinho do projeto”. O recurso abasteceria os cofres do PCdoB.

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Pastor será chamado à Câmara – Para esclarecer os desvios, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), protocolou requerimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle convidando o pastor para esclarecer a suposta cobrança de propina em favor do PCdoB. “A acusação é grave e precisa ser melhor explicada”, justifica Nogueira.

Já Fernando Machado defende o fim da política do faz de conta adotada pelo governo petista. “De maneira nenhuma, Dilma teve a iniciativa de conter as irregularidades”, disse. Para ele, a permanência de Silva é insustentável, além de comprometer os preparativos para a Copa de 2014. “Manter um ministro suspeito faz com que acreditemos: não há faxina. Mas uma tentativa de iludir a sociedade, pois nada está em curso para combater as fraudes.”

Na visão de Márcio Bittar, a limpeza é urgente e necessária. “Essa partidarização é uma coisa que não combina com um projeto sério para o Brasil. Isso precisa acabar”, alertou. Conforme Gomes de Matos, os desvios começaram nos mandatos do ex-presidente Lula. “Há toda uma ação maquiavélica no sentido de praticamente roubar o recurso público da população.”

De acordo com “O Estado de S. Paulo”, o mapa de repasses do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, faz uma revelação estarrecedora: Silva alimentou com verbas federais a rede de militantes do PCdoB. Nos últimos dois anos, prefeituras e secretarias municipais de Esporte controladas pela sigla comunista foram as mais beneficiadas pela iniciativa.

(Reportagem: Artur Filho / Fotos: José Cruz/Agência Brasil / Áudio: Elyvio Blower)

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24 outubro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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