Punição imediata


Líder pede afastamento de ministro e representa contra envolvidos em escândalo

O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), apresentou nesta terça-feira (18) representação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República pedindo o afastamento do ministro do Esporte, Orlando Silva. Ele entrou ainda com aditamento à representação contra Silva e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, na Procuradoria Geral da República (PGR).

Informações divulgadas por “Veja” e “Fantástico” supõem a existência de esquemas de corrupção na pasta. O documento enviado à Presidência destaca notícia da revista sobre suposta cobrança de 20% para liberação de verbas do ministério. A fraude seria comandada por integrantes do PCdoB. “É incontestável que o representado faltou com a ética e o decoro do cargo que ocupa, devendo, por essas razões, ser objeto de processo de ética e disciplina perante essa corte especial”, diz trecho do documento. O líder sugere apuração da conduta e recomendação de demissão.

O programa televisivo mostrou o caso da ONG Pra Frente Brasil, que recebeu R$ 28 milhões em seis anos para oferecer atividades esportivas e lanches a crianças e adolescentes. A instituição é suspeita de usar empresas de fachada. Nogueira pediu a inclusão na investigação da PGR dos nomes da gerente da ONG, Karina Valéria Rodrigues, e de três secretários do ministério: Ricardo Leyser Gonçalves, Wadson Nathaniel Ribeiro e Waldemar Manoel Silva de Souza. “Não há mais discussão acerca da ocorrência dos fatos, pois eles estão devidamente provados, sendo necessária a imediata propositura das ações cabíveis para fins de punir os responsáveis pelos crimes praticados e pelos atos de improbidade ocorridos, além do devido ressarcimento do dinheiro”, afirma.

Em fevereiro deste ano, o tucano solicitou à PGR abertura de investigação de desvio de recursos a partir de convênio firmado com a ONG Instituto Contato, em Florianópolis (SC). Agnelo Queiroz teria se apropriado de dinheiro do programa Segundo Tempo por meio de entidades sem fins lucrativos. “Portanto, desde a gênese do esquema montado junto ao ministério, esses representados se fizeram presentes e, ao que tudo indica, foram os mentores, executores e beneficiários dos desvios”, completa. Nogueira sugere a investigação de prática de crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, concussão, falsidade ideológica e formação de quadrilha ou bando.

(Foto: Brizza Cavalcante/Ag. Câmara)

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18 outubro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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