Conferência ambiental

Parlamentares apresentam propostas de desenvolvimento sustentável para a Rio +20

Os deputados Eduardo Azeredo (MG) e Ricardo Tripoli (SP) estão preocupados com a falta de empenho e de compromisso do governo Dilma Rousseff com a redução da emissão de gases poluentes e as questões climáticas.

Os tucanos, que integram a Subcomissão Especial sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20 -, sugeriram ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, propostas para a conferência que acontecerá no Rio de Janeiro de 4 a 6 de junho de 2012.

Para Azeredo, relator do colegiado, é preciso criar um organismo envolvendo todas as nações e que tenha metas claras de um programa de despoluição global. “Há também a questão dos incentivos financeiros para a energia limpa, incentivos fiscais mundiais para que se tenha o desenvolvimento e a implantação dessas novas energias e, portanto, acabar com uma das principais fontes de poluição. E existe evidentemente também preocupação com a questão das queimadas”, sugeriu.

De acordo com Tripoli, o Brasil poderá sofrer constrangimentos durante a Rio + 20. Durante o encontro de Copenhague, em 2010, Dilma se comprometeu a traçar diretrizes sustentáveis, mas não cumpriu o acordo. “Não há uma determinação. Pelo que parece, a bancada de sustentação do governo não responde. Vejo com muita dificuldade, com muita apreensão. E seremos cobrados, obviamente por sermos o 4º ou 5º país que mais polui a nossa atmosfera”, disse.

Tripoli disse ainda que o novo Código Florestal aprovado na Câmara e que está sob análise no Senado criará um grande embaraço para o governo, pois ele terá que prestar contas de suas promessas.

Propostas de compromissos a serem firmados na cúpula Rio

(Reportagem: Artur Filho/Fotos: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)