Economia fragilizada


Deputados afirmam que aumento de carga tributária mostra sanha arrecadatória do PT

A insistência do governo em elevar a carga tributária – ou até mesmo criar novo imposto – coloca em risco as finanças brasileiras e revela a sanha arrecadatória do PT, na avaliação dos deputados Vaz de Lima (SP) e Marcus Pestana (MG). O discurso de que falta recurso para investir tem um motivo claro, porém escuso na opinião dos tucanos: acomodar os aliados na já inchada máquina pública.

“Não dá mais para o Brasil sustentar a companheirada”, alertou Vaz de Lima. “Dinheiro está entrando nos cofres da União como nunca entrou. Essa sanha está fragilizando a economia do país”, completou. A alta foi discutida em reunião fechada com integrantes da Receita Federal na Câmara.

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Dados da instituição mostram que o rendimento de tributos federais somou R$ 74,608 bilhões em agosto, aumento real de 8,11% em comparação com igual período do ano passado – considerando a inflação do período. Até agosto, o governo federal já recolheu R$ 639 bilhões em impostos, valor 13,26% maior do que nos oito primeiros meses de 2010.

“Arrecadação cresceu 20,66% em termos nominais de janeiro a agosto: 13,26% acima do IPCA (indicador que mede a inflação) “e PT ainda quer novo imposto”, alertou Pestana pelo Twitter.

Na contramão desse crescimento, o deputado por São Paulo recorda que a arrecadação pela venda de produtos industrializados caiu no país, enquanto subiu a receita por importação. “Isso significa que a política que o governo está fazendo de curto prazo pode levar o Brasil a uma brutal desindustrialização”, acrescenta.

Lima destaca que, sem uma mudança de rumo, em pouco tempo o país voltará a ser apenas exportador de commodities e comprador de outros países de matérias manufaturadas – aquelas que têm maior valor agregado. “À medida que privilegia a importação ao invés da produção nacional, você está desempregando aqui.”

Segundo ele, a atual gestão rasga os princípios fundamentais que deram suporte à estabilidade da economia brasileira: meta de inflação, meta fiscal e câmbio flutuante. Pelo contrário, os produtos experimentam preços astronômicos e o governo gasta por conta. O balizamento foi constituído pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, que debelou a inflação.

(Da redação / Fotos: Paula Sholl e Beto Oliveira / Áudio: Elyvio Blower)

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29 setembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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