Desvios no Ministério do Trabalho


Deputados afirmam que corrupção virou regra na administração petista

Apesar de infringir os princípios éticos e legais, o desvio de dinheiro público e o repasse de verba para empresas fantasmas tornaram regra na gestão petista. Essa é a avaliação dos deputados Raimundo Gomes de Matos (CE) e Rui Palmeira (AL). A crítica foi feita após denúncia de que o Instituto Nacional América, punido pela Controladoria-Geral da União (CGU) por conta de irregularidade na suspensão de novos contratos com o governo, recebeu R$ 1,5 milhão do Ministério do Trabalho para treinar funcionários para a Copa de 2014.

O ministro Carlos Lupi está envolvido em outro escândalo. Ele acomodou dez militantes do PDT, partido do qual é presidente licenciado, na cúpula da pasta. A declaração do político de que o número pode ser ainda maior, estratégia usada para minimizar os efeitos do fato revelado, foi condenada por Gomes de Matos. Para o tucano, a corrupção ganhou força na administração do PT.

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“Ele está expressando o pensamento do PT e do governo. O Executivo vem a cada ano repassando recursos para entidades fantasmas”, afirma. O parlamentar acrescenta que a postura reflete aquilo defendido pelo ex-presidente Lula e por Dilma Rousseff: “Para o Planalto, tirar dinheiro da sociedade para outros fins é normal”.

O deputado acrescenta que, enquanto os desmandos se espalham pela Esplanada, a petista tenta recriar um tributo para financiar a saúde. “É inconcebível criar mais um imposto.”

A opinião é compartilhada por Rui Palmeira, para quem, em função das intermináveis denúncias, o partido da presidente nem fica indignado com a corrupção. “Para a atual administração realmente é normal. Está tudo banalizado. E nessa gestão desvios são corriqueiros”, ressaltou. Ele destaca que, por meio de ONGs, a verba pública escorre pelo ralo, ao invés de ir para ações de qualificações de jovens.

Os escândalos foram noticiados por “O Estado de S. Paulo”. Segundo o jornal, Lupi disse não conhecer o conteúdo da reportagem sobre os repasses de R$ 11 milhões às centrais sindicais impedidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de receber recursos do Tesouro.

(Reportagem: Artur Filho / Fotos: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)

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27 setembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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