Tributo inoportuno


Tucanos rebatem ministra e dizem que nova CPMF é uma violência contra a população

Os tucanos Otavio Leite (RJ) e Antonio Imbassahy (BA) repudiaram declaração da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, de que é preciso criar um tributo para financiar a saúde no país. Para eles, a insistência do Executivo no assunto é uma violência contra a população. Ideli admitiu que o Planalto ainda quer uma nova fonte para arrecadar mais R$ 45 bilhões por ano. Na avaliação dos deputados, a proposta é um desrespeito à Câmara, que aprovou a regulamentação da Emenda 29 sem o retorno da CPMF.

Só em agosto deste ano, o país acumulou R$ 74,6 bilhões em impostos, contribuições federais e demais ganhos, segundo a Secretaria da Receita Federal. “Com tantas irregularidades na área, além da incompetência gerencial, pensar nisso é um absurdo. O que se deve fazer é corrigir tantas denúncias de corrupção”, afirmou Imbassahy. “Dinheiro tem e muito. Então, é inaceitável que o governo queira continuar nessa sanha, fazendo com que o contribuinte pague pela irresponsabilidade”, reprovou. Para o deputado, a posição da ministra passa de antidemocrática para arrogante.

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Otavio Leite, por sua vez, vê com preocupação a atitude de Ideli. De acordo com ele, impor mais um imposto é um contrassenso. “A administração federal, ao invés de aumentar taxas, deveria investir melhor. Cerca de 35% do PIB é proveniente da arrecadação, o que pesa no bolso da população”, disse. “A insistência nisso é uma violência contra o povo. Não faz o menor sentido”, concluiu.

Para o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), a medida é mais fácil e tentadora, porém cruel para a sociedade. “Mercadante diz que o Brasil gasta menos que a Argentina em saúde. Ou seja, o Planalto afia as garras para arrancar mais dinheiro do cidadão”, lamentou. O tucano lembrou ainda que a presidente, durante a campanha, prometeu regulamentar a Emenda 29 sem ressuscitar a CPMF.

País não aguenta mais pagar tanto imposto

Segundo o Instituto Teotônio Vilela (ITV), a carga tributária continua crescendo, e caminha para bater novo recorde neste ano. 37% do PIB devem ser consumidos com pagamento de impostos, taxas e contribuições aos fiscos das três esferas de governo. Mesmo assim, autoridades petistas já avisaram que vão insistir na criação de mais tributos para custear os gastos com saúde. Sobram argumentos para refutar a insaciável gula da gestão do PT pelo dinheiro do contribuinte.

A frase:
O PT esqueceu as suas bandeiras de ética, boa gestão e conduta digna. Vemos que é um partido que não tem mais essa identidade. Portanto, não é nenhuma novidade que a ministra se apresente desrespeitando a vontade da Câmara. O brasileiro vai reagir a isso e nós da oposição iremos manifestar a nossa vontade, que é a identificada com o sentimento popular.
Deputado Antonio Imbassahy (BA)

(Reportagem: Letícia Bogéa / Fotos: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)

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26 setembro, 2011 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Tributo inoportuno”

  1. Claudia Batista disse:

    Olá,
    Tudo bem?
    Gostaria de repassar este texto sobre as 80 ações do governo Fernando Henrique Cardoso!
    Leia, poste ou repasse de alguma maneira!
    Vamos transmitir este texto e informar o Brasil sobre as ações deste grande homem.
    Obrigada, abraço.
    http://fhcsemeando.blogspot.com/2011/08/80-acoes-do-governo-fhc-que-mudaram-o.html

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